Divulgação Agepen
Projeto da Agepen resultam em mais de 7 mil reeducandos trabalhando, com benefícios dentro e fora das prisões
No sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul, as parcerias com instituições públicas e privadas têm se mostrado uma estratégia essencial para a reintegração social dos apenados. Essas colaborações ampliam as oportunidades de trabalho, promovendo avanços importantes tanto para os internos quanto para o próprio sistema. A ocupação da mão de obra prisional tem sido um caminho eficaz para a reintegração.
Nos últimos sete anos, o número de parcerias da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) cresceu de 157 para 247, um aumento de 60%. Nesse mesmo período, o número de apenados envolvidos em atividades laborais subiu 39%, alcançando 7.018 internos, em comparação com 5.058 em 2017. Hoje, 38,67% dos internos estão trabalhando dentro e fora dos presídios, o que reflete o sucesso dessas iniciativas.
O avanço desse modelo no Estado tem sido impulsionado pelo trabalho contínuo da Agepen, que enfrenta desafios como o preconceito e o medo em relação ao trabalho prisional. A agência tem investido em ações como a divulgação de cartilhas informativas e encontros regionais para atrair novas parcerias. Isso tem consolidado Mato Grosso do Sul como um exemplo nacional no uso do trabalho prisional para ressocialização.
Um exemplo de sucesso é a parceria entre a Agepen e a Briketts, uma empresa do ramo de briquetes, lenhas e carvão ecológico. Com essa colaboração, 10 reeducandos e cinco egressos têm sido inseridos no mercado de trabalho, ajudando a empresa a superar a escassez de mão de obra qualificada e contribuindo para a reintegração social. O sócio-administrador da Briketts, David Ferreira, destaca que o trabalho prisional é essencial para a construção de um futuro digno para os reeducandos.
O impacto dessa parceria é visível em histórias como a de Gilson da Silva Ferreira, ex-custodiado que, após cumprir pena, tornou-se líder de equipe na Briketts. Gilson é responsável por coordenar a produção e auxiliar na motivação de novos reeducandos. Sua trajetória de superação é um exemplo claro de como o trabalho pode transformar destinos e reduzir a reincidência criminal, além de proporcionar condições para que os internos sustentem suas famílias e reintegrem a sociedade com dignidade.