O Batalhão de Choque da Polícia Militar está cumprindo uma ordem judicial para desbloquear as rodovias que estavam interditadas por moradores da Reserva Indígena de Dourados. As vias estavam fechadas desde segunda-feira (25) em protesto pela falta de água na região, com o uso de galhos, pneus e outros objetos para bloquear o tráfego de veículos.
A ação ocorreu pela manhã, quando a equipe do Batalhão de Choque chegou ao local para cumprir a determinação judicial. Imagens feitas no local, obtidas pelo Diário Digital, mostram a operação policial, que contou com o uso de balas de borracha para dispersar os moradores e liberar as rodovias.
Os moradores demonstraram desespero diante da ação policial, acusando a abordagem de ser excessiva. A equipe do Batalhão de Choque, no entanto, afirmou em nota que a operação foi realizada com o objetivo de cumprir a decisão judicial, que determinava a liberação das estradas bloqueadas.
A situação gerou grande tensão entre os moradores e as autoridades, especialmente devido ao contexto do protesto, que tinha como principal reivindicação a escassez de água na região. A falta de recursos básicos, como o abastecimento de água, tem sido uma preocupação constante para as comunidades indígenas.
O desbloqueio das rodovias foi uma resposta direta à ação dos manifestantes, mas a medida gerou críticas quanto à forma como a situação foi tratada. O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades, que devem buscar soluções para a questão da falta de água na região.
NOTA:
"A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, esgotadas todas as vias de negociação, e para garantir os direitos constitucionais, agiu na manhã desta quarta-feira (27) para desobstruir as rodovias estaduais que estavam bloqueadas. Com apoio do Corpo de Bombeiros Militar e de equipes da Agesul, removeram entulhos e apagaram focos de incêndios nas pistas. As forças de segurança manterão efetivo para garantir paz em todo território sul-mato-grossense. O governo estadual reforça seu compromisso com a transparência, refutando iniciativas politico-eleitoreiras, e age em prol de um caminho de justiça e respeito. Em tempo, o governo de MS, por meio da SEC, se manteve em contínuo diálogo com todos os envolvidos em busca, sempre, de uma solução pacífica, e lamenta episódios de agressões e enfrentamento."
