Divulgação/Eldorado
Terminal de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, a gestão está em três frentes na Eldorado; Operação Florestal, Operação Industrial e Logística
Em entrevista ao programa Roda Viva, o governador de Mato Grosso do Sul abordou a longa disputa judicial envolvendo a compra da Eldorado Celulose, uma das maiores indústrias de celulose do Brasil, destacando a necessidade de uma solução rápida para que novos investimentos sejam realizados no estado. A disputa entre a JEF, holding dos Irmãos Batista, e a Paper Excellence já dura anos e envolve questões legais complexas, incluindo a compra de terras por estrangeiros, o que tem gerado incertezas no setor. A Paper Excellence solicitava a transferência dos 50,49% das ações da Eldorado que pertencem à J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Reprodução/TV Cultura
O governador Riedel enfatizou que, apesar da briga judicial da Eldorado, o estado continua a atrair investimentos no setor de celulose
O governador enfatizou que, apesar da briga judicial, o estado continua a atrair investimentos no setor de celulose. "Acabamos de inaugurar a Suzano, estamos lançando a pedra fundamental da Aralco, que vai ser maior que a Suzano, e a Bracel já anunciou uma nova fábrica de celulose para o ano que vem", destacou. Ele reforçou que esses novos empreendimentos representam um crescimento significativo no setor, com investimentos bilionários, mas lamentou a falta de uma resolução para a disputa, que impede o avanço de novos projetos da Eldorado.
A disputa envolve uma questão jurídica sobre a compra de terras por estrangeiros, com a JEF argumentando que a transação não pode ser concluída devido à legislação brasileira, que exige aprovação do INCRA e do Congresso Nacional para a compra de terras por estrangeiros. Por outro lado, a Paper Excellence alega que está adquirindo a empresa e não as terras, um ponto que tem sido amplamente debatido nos tribunais.
O governador pontuou que, apesar do conflito judicial, o estado segue com um cenário positivo para o setor. "Essa discussão está compartimentalizada entre as duas empresas, com teses jurídicas diferentes. Ela vai se desenrolar e, com certeza, terá um fim", afirmou, destacando que o estado de Mato Grosso do Sul está avançando em outras frentes do agronegócio e não depende exclusivamente dessa disputa para atrair novos investimentos.
No entanto, o chefe do executivo estadual afirmou que a solução rápida da disputa é crucial para a continuidade do crescimento no setor de celulose. "A única coisa que atrapalha é que a gente quer ver o fim logo para eles colocarem uma segunda linha e aumentar a produção. Isso é o objetivo das empresas, e é muito ruim para a situação manter essa briga", concluiu, reafirmando o compromisso do estado em oferecer um ambiente de segurança jurídica para os investidores.
Eduardo Riedel comenta disputa jurídica no setor da celulose
