“Mato Grosso do Sul teve uma grande vitória no seu posicionamento estratégico no desenvolvimento do Vale da Celulose, com a startup do projeto Cerrado, o início da operação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo", destacou Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). A Suzano, maior produtora mundial de celulose, iniciou as operações da maior linha única de produção de celulose do mundo, com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano.
O empreendimento é fruto de um investimento total de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões foram destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose. Com o início das operações, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano aumentou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, um crescimento de mais de 20%. Além disso, a empresa pode produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis, incluindo papéis sanitários, de imprimir e escrever, e de embalagens.
Impacto Socioeconômico
Durante o pico das obras, mais de 10 mil empregos diretos foram criados. Agora, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, estão trabalhando nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade. "MS é hoje uma referência tanto na produção de eucalipto, como em produtividade, sustentabilidade e tecnologia”, complementou Verruck.
Sustentabilidade e Inovação
Este é o maior investimento nos 100 anos de história da Suzano, com uma série de avanços operacionais e socioambientais alinhados aos “Compromissos para Renovar a Vida”. A fábrica possui o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com apenas 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, reduzindo custos logísticos e o impacto ambiental associado ao transporte da celulose.
A unidade utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, restringindo o uso de combustíveis fósseis aos momentos de partida e retomada de produção. A fábrica também é autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá fornecedores satélites da fábrica e será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Qualificação e Infraestrutura
A construção da nova fábrica contribuiu para a qualificação de mão de obra local, capacitando mais de 1,3 mil pessoas para operações industriais, florestais e logísticas da Suzano, em parceria com o Senai e o Senac. Adicionalmente, a Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em um conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia, centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.
Avanços Sociais
Parte do Plano Básico Ambiental (PBA), o Programa de Infraestrutura Urbana, aprovado em 2021 por representantes do poder público e da sociedade civil, compreende 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública. Entre as principais entregas estão a ampliação do Hospital Municipal e as construções de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), de uma Casa de Acolhimento, de uma Delegacia de Polícia Civil e de uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos”, disse Beto Abreu, recém-nomeado presidente da Suzano. “Sua visão e ambição levaram a empresa a entregar um projeto dentro do orçamento previsto e que, em todas as etapas, aderiu ao foco central da Suzano em apoiar a sustentabilidade e ter um impacto local positivo”, completou o executivo.
“É um marco importante, um processo que começou com a Suzano chegando a Mato Grosso do Sul, adquirindo a Fibria e imediatamente adotando o projeto Cerrado I. Por isso, para o Estado hoje é um dia de comemorar emprego de qualidade, expansão econômica, e aquilo que o próprio governador Eduardo Riedel consolida como nossa estratégia, que é fazer um trabalho de competitividade nas nossas cadeias produtivas”, concluiu o secretário Verruck.