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Judiciário Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025, 15:26 - A | A

Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025, 15h:26 - A | A

Presente adiantado

Defensoria Pública garante neurocirurgia de R$ 551 mil para bebê com doença rara em Mato Grosso do Sul

O bebê foi diagnosticado com craniossinostose, uma doença rara que causa uma malformação do crânio

Viviane Freitas
Capital News

Um bebê de Mato Grosso do Sul, que completará 1 ano de idade no próximo dia 18, recebeu um presente de aniversário adiantado: a garantia de realizar uma neurocirurgia reconstrutora, após a Defensoria Pública do Estado solicitar à Justiça. O bebê foi diagnosticado com craniossinostose, uma doença rara que causa uma malformação do crânio, também conhecida como craniostenose.

A cirurgia, que será realizada por uma neurocirurgiã pediátrica de Campo Grande e sua equipe, está marcada para segunda-feira (13). O custo total do procedimento, que é de R$ 551.640,23, será pago judicialmente pelo Estado de Mato Grosso do Sul e pelo município de Angélica, onde o bebê mora. De acordo com a mãe, o pequeno já passou por um ecocardiograma em Dourados no dia 9 de janeiro.

A necessidade urgente da cirurgia foi destacada pela Defensoria Pública, que, após receber parecer favorável do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NAT-Jus), obteve uma liminar para que o procedimento fosse realizado sem custos para a família. A mãe, de baixa renda e sem plano de saúde, havia tentado atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), mas enfrentava longas filas para conseguir uma consulta com um neurocirurgião pediátrico.

O defensor público Bruno Augusto de Resende Louzada, que atendeu o caso, destacou a urgência do tratamento, afirmando que a cirurgia é vital para garantir a saúde e a qualidade de vida do bebê. Ele reforçou que o tempo é um fator crucial, já que a condição pode piorar com o passar dos dias.

A craniossinostose é uma malformação do crânio que afeta uma em cada 2.500 pessoas e pode causar alterações no formato da cabeça, além de levar à hipertensão intracraniana, que resulta em dores de cabeça, problemas visuais e dificuldades de aprendizado. O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP recomenda que a cirurgia seja realizada no primeiro ano de vida para evitar complicações.

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