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Justiça Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025, 07:09 - A | A

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Corrupção

Ex-prefeito e 7 envolvidos são condenados a 75 anos de prisão em Mato Grosso do Sul

Grupo com ex-prefeito e ex-secretários desviavam dinheiro por meio de notas frias de postos de combustíveis; condenados terão que ressarcir R$ 4,6 milhões

Viviane Freitas
Capital News

Após uma década de investigações, oito pessoas foram condenadas por envolvimento em um esquema de corrupção na Prefeitura de Camapuã, com penas totais que somam 75 anos de prisão. A decisão da 1ª Vara da Comarca de Camapuã também determinou o pagamento de R$ 4,6 milhões para ressarcir os cofres públicos. As investigações começaram em 2015, após o desaparecimento de contratos municipais, inicialmente alegados como destruídos por uma chuva forte, versão que foi desmentida.

A Operação Tempestade, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em parceria com a Promotoria de Justiça local, revelou um esquema de fraude em licitações, desvio de recursos e pagamentos ilegais a empresas. De acordo com as apurações, contratos de construção e compras foram extraviados para encobrir crimes de corrupção e peculato.

Os condenados enfrentaram acusações como organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, e peculato. Além das penas de prisão, a sentença também impôs multas e obrigações de reparação dos danos causados ao município. Os réus perderam seus cargos públicos e tiveram os direitos políticos suspensos enquanto durar a condenação.

A reparação financeira foi detalhada em valores específicos: R$ 1.566.263,47 destinados ao município de Camapuã, R$ 3.000.000,00 para a coletividade dos munícipes, e R$ 55.083,88 referente à multa prevista na Lei de Licitações nº 8.666/93.

Os condenados incluem o ex-prefeito Marcelo Duailibi, que recebeu 10 anos e 2 meses de reclusão, além de outros ex-integrantes da administração municipal com penas que variam de 2 anos e 4 meses a 13 anos e 4 meses de prisão. Eles poderão recorrer em liberdade, mas deverão informar seus endereços à Justiça.

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