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Judiciário Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 13:25 - A | A

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Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul

MPMS deflagra Operação Occulto contra desvio de mais de R$ 8 milhões da saúde pública

Ex-coordenador da Apae de Campo Grande é alvo de mandado de prisão preventiva; dinheiro público era desviado com empresas de fachada

Vivianne Nunes
Capital News

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Campo Grande, deflagrou nesta segunda-feira (10) a Operação Occulto, com o objetivo de cumprir um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande e Camapuã.

As investigações apontam que, desde 2021, o ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Grande e outros envolvidos utilizaram empresas de fachada para simular vendas de produtos para a rede pública de saúde. O esquema resultou no desvio de R$ 8.066.745,25, valor que deveria ter sido destinado pela Secretaria de Estado de Saúde para atender pacientes ostomizados.

Lavagem de dinheiro e obstrução da justiça

O aprofundamento das investigações revelou que os crimes continuaram ao longo dos anos, com práticas reiteradas de lavagem de dinheiro, utilizadas pelos envolvidos para ocultar o destino dos valores desviados.

Além disso, um dos investigados passou a cometer obstrução da justiça, dificultando o andamento do processo judicial. Mesmo submetido a medidas cautelares alternativas, ele burlou uma ordem judicial de sequestro de bens, retirando cerca de R$ 500 mil de seu alcance.

Origem do nome da operação

A operação recebeu o nome de Occulto em referência às estratégias utilizadas pelos investigados para esconder os valores desviados, além de considerar um pedido de cidadania italiana feito pelo ex-coordenador da Apae, com a intenção de deixar o país.

A ação foi realizada com o apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), que seguem acompanhando o desdobramento do caso.

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