Em reunião presidida pelo segundo vice-presidente do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), líderes partidários discutiram nesta quinta-feira importantes pautas que o Senado deverá analisar nos próximos dias. Um dos destaques foi o Projeto de Lei (PL) 6.064/2023, relatado por Cunha, que propõe indenizações e pensões para pessoas com deficiência causadas pelo Zika vírus. Esta proposta, originada pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) em 2015, está prevista para votação e está atualmente sob revisão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O PL visa fornecer justiça social para as famílias afetadas pelo Zika, especialmente no Nordeste do Brasil, onde aproximadamente 1,8 mil crianças sofrem de condições como microcefalia e epilepsia devido ao vírus. Rodrigo Cunha destacou que o objetivo do auxílio financeiro é garantir tratamento e qualidade de vida para essas crianças, e não para despesas não essenciais.
Outro projeto discutido foi o PL 2.338/2023, que trata da regulamentação do uso da inteligência artificial, proposto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A regulamentação da IA está programada para ser debatida na Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial e possivelmente no Plenário ainda este mês. O debate gerou opiniões divididas entre os líderes, com alguns expressando preocupação de que restrições excessivas possam impedir o desenvolvimento tecnológico e competitividade do Brasil.
Além dessas questões, foi mencionada a necessidade de garantir a presença de senadores para votar em várias indicações de autoridades, incluindo embaixadores e membros para o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público, que precisam ser sabatinados nas comissões antes de passarem pelo Plenário.
Estas discussões destacam a agenda intensa e os desafios enfrentados pelo Senado na gestão de questões cruciais que afetam diretamente o bem-estar dos cidadãos e o desenvolvimento tecnológico do país.