Sem comunicação, arrumei um jeito de ir buscá-la
Dizem que o maior amor do mundo é o amor de mãe, aquele que ultrapassa fronteiras não é mesmo? A Loreane sabe bem disso. Ao saber da tragédia que assola o estado do Rio Grande do Sul deixou o Estado e foi em busca da filha. “Na manhã do dia 1 primeiro de maio ela me falou mãe vamos para o abrigo. Sem comunicação, arrumei um jeito de ir buscá-la” desabafa.
A mãe que todo ano passa o dia das mães em casa, ao lado dos dois filhos Cristian Matheus Carvalho de 14 anos e Laura Antunes de carvalho de 7 que moram com ela está em Estrela, município que fica a 113 quilômetros de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. A cidade é uma das que foram atingidas alta do Rio Taquari, que chegou a superar 33 metros no pico da cheia.
A Técnica de Segurança do Trabalho Loreane Franciele de Carvalho de 35 anos mora em Três Lagoas no interior de Mato Grosso do Sul. Ela saiu de em viagem no dia 7 de maio e chegou no município no dia 8 para trazer de volta para a casa a Eloísa carvalho Fontoura de 15 anos que mora com o pai. “A princípio vou buscar ela, mas me coloquei à disposição caso eles querem vir junto”, acrescentou.
As casas estão destroçadas
A água da cidade já baixou, mas o cenário na casa e nas ruas da cidade, segundo Loreane, é de guerra. “As casas estão destroçadas, postes caídos, animais mortos e veículos aos pedaços espalhados pelas ruas, fora os móveis. Eles perderam tudo”, detalha.
Nos últimos dias o sol deu as caras e trouxe esperança para os moradores. Ela conta que a família voltou para a casa que foi alagada e agora se empenha na limpeza do local e na tentativa de recuperar alguns móveis que foram atingidos pela água.
Embora o Dia das mães não esteja sendo como Loreane planejado, ela fala que respira aliviada por estar ao lado da filha. “O coração que antes estava angustiado sem notícias dela, agora está mais calmo. Agora é recomeçar”, finaliza.
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