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Reportagem Especial Sábado, 01 de Abril de 2023, 13:46 - A | A

Sábado, 01 de Abril de 2023, 13h:46 - A | A

Reportagem Especial

Síndrome de Down: um cromossomo a mais de amor

Eu não acreditei, chorei e fiquei muito triste, mas hoje vejo que a Maísa é o meu maior presente, diz mãe de filha down

Renata Silva
Especial para o Capital News

Acervo pessoal

Síndrome de Down: um cromossomo a mais de amor

Maísa tem 33 anos adora um café, dançar, brincar e se divertir ao lado da família

Ela adora um café, dançar, brincar e se divertir ao lado da família, nós estamos falando da Maísa, uma jovem que faz tudo que uma pessoa comum faz, mas com um detalhe… Ela nasceu com um cromossoma a mais, o cromossoma 21, o que faz ser portadora da Síndrome de Down e ter características como os olhinhos puxados, raiz nasal achatada, baixa estatura, mãos pequenas e dedos curtos entre outras.

A síndrome de down ocorre no momento da formação da criança, com a presença de três cromossomos 21 na maioria das células, ou seja, as pessoas com trissomia do cromossomo 21 tem 47 cromossomos em vez de 46. Podem ser suscetíveis a alguns tipos de doenças, porém cada um tem a sua personalidade.

"Hoje vejo que a Maísa é o meu maior presente"


A dona de casa Ilza Lino dos Santos de 73 anos descobriu que a filha, Maísa Lino dos Santos de 33 anos era portadora da Síndrome quando a menina era bebê, aos 6 meses de vida. “No dia fiquei sem chão. Eu não acreditei, chorei e fiquei muito, mas muito triste. Hoje vejo que a Maísa é o meu maior presente”, afirma.

A dona de casa tem 73 anos é aposentada e mãe de sete filhos homens, apenas a Maísa é do sexo feminino e nasceu com a síndrome. A idosa fala que demorou para entender e aceitar a condição da filha, mas que hoje ela é seu “braço direito”.“Ela me ajuda limpando casa, lavando louça, é como se não tivesse nada”, explica.

"Ela ficou muito triste e nunca mais quis estudar"


A mãe conta que embora a filha tenha autonomia, a menina tem medo e não sai de casa sozinha. Dona Ilza relata que parte disso se deve as vezes que a Maísa foi vítima de preconceito, inclusive na escola onde a matriculou quando pequena. A mãe fala que não aguentou ver a filha sofrendo com as piadas de mau gosto dos coleguinhas. “Certa vez fizeram um vídeo dela chamando-a de louca e postaram nas redes sociais, na época ela ficou muito triste e nunca mais quis estudar”, completa.

De lá para cá dona Ilza matriculou a filha na Apae (A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), o local atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Por lá ela realiza acompanhamento multidisciplinar com psicóloga, terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outros.

Acervo pessoal

Síndrome de Down: um cromossomo a mais de amor

Maísa tem 33 anos adora um café, dançar, brincar e se divertir ao lado da família

No Brasil, estima-se que em cada 700 nascimentos uma pessoa nasça com a síndrome, isso significa um total de cerca de 270 mil pessoas com Síndrome de Down. Esta semana foi celebrado a data internacional que tem como objetivo chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, e a inclusão das pessoas com a Síndrome de Down na sociedade.

Em Mato Grosso do Sul o trabalho com as pessoas com Síndrome de Down tem ações por meio de diversos órgãos como a Copesp (Coordenadoria de Políticas para a Educação Especial) da SED, universidades e Organizações da Sociedade Civil, por exemplo, as APAEs, Associação Pestalozzi e a Associação Juliano Varela.

 

• Leia também:
Entrevista | Síndrome de Down: Brasil tem 300 mil pessoas com a síndrome de Down

 

Instituições essas que contam com o apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio de repasses efetuados via chamamento público, também realizados pela Sead.

Acervo pessoal

Síndrome de Down: um cromossomo a mais de amor

Maísa adora uma árvore de natal

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