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Rural Sexta-feira, 02 de Janeiro de 2009, 16:33 - A | A

Sexta-feira, 02 de Janeiro de 2009, 16h:33 - A | A

Boi gordo é destaque na BM&F em 2008

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Produto agropecuário mais negociado na BM&FBovespa, o boi gordo encerrou 2008 longe da cotação-teto atingida no meio do ano, de mais de R$ 102 por arroba, mas, para analistas desse mercado, os reflexos da crise econômica sobre esse mercado poderiam ter sido bem mais negativos.

Restrições às exportações poderiam fazer supor que os próximos meses serão de quedas pronunciadas, mas o ainda satisfatório consumo do mercado interno leva a apostas de que novos mergulhos das cotações do boi gordo no mercado futuro, como os ocorridos entre novembro e o início de dezembro, estão, por ora, descartados.

Segundo cálculos do Valor Data baseados nos contratos futuros de segunda posição de entrega, os seis produtos agropecuários negociados na BM&FBovespa fecharam 2008 com cotação média anual superior a do ano anterior.

No segundo semestre, contudo, entre os quatro principais papéis - os outros três são café, soja e milho - apenas o boi acumulou alta em comparação à média da primeira metade do ano - além dele, o etanol, que representa apenas 0,5% do volume de contratos negociados na BM&FBovespa, também registrou preço médio maior na comparação entre os semestres.

"O ano [do boi gordo] foi bom em relação a outras commodities e também se levarmos em conta a economia em geral. Houve uma queda forte no fim do ano, mas os reflexos da crise sobre esse contrato acabaram demorando um pouco para aparecer", afirma Julie Trabulse, da corretora Terra Futuros.

Os dados do último trimestre do ano deixam ainda mais explícito o fato de o boi gordo ter conseguido se sustentar durante a tempestade, apesar dos pesares. Entre o terceiro e quarto trimestres, todos os seis produtos, negociados na bolsa brasileira apresentaram recuo no preço médio, conforme o Valor Data. Mas o boi gordo caiu menos de 3%, enquanto os demais contratos agropecuários perderam mais de 10% do valor. A retração da soja, por exemplo, foi superior a 30%.

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