A tendência de aumento da participação dos países em desenvolvimento na economia mundial se manterá nos próximos anos. E dentre os países emergentes, o Brasil se destaca pelos seguintes aspectos:
i) Investment Grade e elevado nível de reservas;
ii) Políticas monetária e fiscal com capacidade anti-cíclica;
iii) Crescimento da demanda doméstica;
iv) Bancos sólidos ;
v) Setor privado pouco endividado;
vi) Aumento do emprego, crescimento da massa real de salários e redução das desigualdades;
vii) Investimento manterá expansão, fronteira de projetos de alto retorno e baixo risco.
Outros fatores que contribuíram para o Brasil não sair muito prejudicado pela crise mundial são: aumento das exportações para países em desenvolvimento, diversificando sua pauta; taxas de crescimento aumentando por 27 trimestres seguidos em um período longo de 20 anos; expansão do consumo das famílias; redução de desemprego e aumento dos empregos formais e dos salários reais; redução das desigualdades de renda; rentabilidade recorde do setor privado (pelo quinto ano consecutivo, a rentabilidade das 500 maiores sociedades anônimas brasileiras ficou acima dos 10%, algo que não ocorria desde o início dos anos 80); baixo nível de endividamento das empresas; expansão do crédito no Brasil, de 34,6% no acumulado de 12 meses até outubro deste ano; forte crescimento dos investimentos; déficit nominal praticamente zerado e dívida líquida em trajetória declinante.
Em 2008, existe uma perspectiva de bom crescimento do PIB do agronegócio brasileiro, de 6,75%, porque a agropecuária vem crescendo acima dos outros setores nos dois últimos trimestres; a produção agroindustrial também está crescente; as exportações do agronegócio estão em expansão; há programas estruturantes para sistemas produtivos com o objetivo de fortalecer a competitividade nas cadeias produtivas de madeira e móveis, couro, calçados e artefatos; agroindústrias, biodiesel; e programas para consolidar e expandir a liderança em cadeias como bioetanol, celulose e papel e carnes.
Por : Luciano Coutinho – Presidente do BNDES no XIII Fórum da ABAG