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Rural Terça-feira, 05 de Fevereiro de 2013, 16:39 - A | A

Terça-feira, 05 de Fevereiro de 2013, 16h:39 - A | A

Culturas alternadas: plantar tomate e depois milho aumenta a produtividade

Bruno Chaves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Diversos fatores influenciam no sucesso de uma cultura. O manejo adequado é um deles. Em Minas Gerais, por exemplo, pesquisas da Emater mostram que a rotação entre tomate e milho pode ser muito vantajosa. O produtor que colheu o cultivo de tomate deve entrar com a cultura do milho, feijão ou até mesmo reforma de pasto. Isso dependendo de cada região.

Essa prática, conforme divulgado pelo portal Dia de Campo, elevou a produtividade do milho em 50% em Turvolândia (MG). Com a rotação, o produtor ainda pode economizar em quantidade de fertilizantes e obter um solo mais equilibrado.

Produtores da maior parte das regiões onde o tomate é cultivado usam esse artifício, mas as regiões devem ser propícias ao cultivo do tomate, além de contar com água para irrigação, explica o responsável pelo escritório da Emater em Turvolândia, Márcio Pereira Carvalho.

Normalmente, o tomate conta com duas safras por ano e, de acordo com Carvalho, é após a segunda fase que o produtor deve entrar com rotação. O outro detalhe é que o tomate não pode ser cultivado duas vezes seguidas na mesma área, o que favoreceria ao surgimento de pragas e doenças. Portanto, mais do que benéfico, é necessário fazer uma rotação com outras culturas.

Se o produtor entrar com dois ciclos seguidos de tomate na mesma área, a segunda lavoura terá problemas sérios de produtividade devido a ataques de pragas e doenças. O ciclo de ambas as culturas dura entre 110 e 130 dias.

A adubação do tomate ainda precisa ser pesada, já que o tomateiro é uma planta muito exigente. Entretanto, ainda de acordo com Carvalho, nem todos os nutrientes são absorvidos pelo tomate, restando então uma adubação residual que pode ser aproveitada pelo milho, feijão ou pastagem.

A rotação também equilibra o solo em termos nutricionais e em relação a pragas e doenças, pois as duas culturas extraem nutrientes diferentes em quantidades diferentes e de formas diferentes. “Fizemos algumas experiências que mostraram que a rotação com tomate eleva a produtividade do milho em até 50%, o que é um grande diferencial”, afirma o Carvalho.

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