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Rural Sábado, 01 de Outubro de 2011, 14:51 - A | A

Sábado, 01 de Outubro de 2011, 14h:51 - A | A

Para Famasul, é possível ampliar produção rural sem degradar natureza

Da Redação (VB)

A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e o Conselho Deliberativo do Sebrae/MS querem prevenir o desmatamento de áreas rurais.

“Quem desmata não é representado por nós e tem que ser punido”, diz o Famasul e do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, Eduardo Riedel.

Nesta semana, ele ministrou palestra para alunos da Escola de Comando e Estado- Maior do Exército (Eceme), na Federação das Indústrias de MS (Fiems).

A palestra teve como tema o Potencial Agroindustrial e da Pecuária - Perfil Sócio Econômico e Expectativa de Desenvolvimento do Estado e mostrou um panorama da cadeia do agribussines em Mato Grosso do Sul. Atualmente, o setor representa 16,6% do PIB do Estado.

Ao demonstrar o posicionamento das entidades representativas do homem do campo em relação ao tema preservação, Riedel salientou que há espaço para o crescimento da produção sem riscos de degradação do meio ambiente.

“O país utiliza 27% de sua área para produção agropecuária. Desse total, 200 milhões de hectares são pastagens degradadas. É com o uso dessas áreas que deve ocorrer expansão de produção”, assinalou. Estima-se que Mato Grosso do Sul tem hoje uma área estimada de 9 milhões de hectares degradados. A área cultivada com soja no Estado fica em torno de 1,7 milhão de hectares.

O dirigente fez uma análise da cadeia que se forma antes da porteira, com bens de produção e serviços para a agropecuária, dentro da propriedade, com o cultivo e criação, e depois da porteira, com o processamento agroindustrial e a distribuição.

“As cadeias agropecuárias são muito fortes em MS. A indústria cresceu nesses pilares”, enfatizou.

E não só a cadeia relacionada aos produtos tradicionais como soja e carne bovina. Um exemplo é o segmento de papel e celulose, que em menos de cinco anos mudou o perfil do município de Três Lagoas, na divisa com São Paulo.

Com a expansão do grupo Fibria e a previsão da instalação da Eldorado para o ano que vem, o município se desenha como o maior pólo do segmento em âmbito mundial. A celulose deverá assumir o posto de principal produto exportado pelo Estado até 2014.

Ainda assim, o complexo carne representa 6% das exportações brasileiras e MS tem o terceiro maior abate do País, com 3,1 milhões de cabeças anuais. Na pauta de exportações de produtos agrícolas de MS, em primeiro lugar está o complexo soja, em segundo a carne e, em terceiro, os produtos florestais.

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