Os produtores rurais da região de fronteira estiveram representados hoje (17/12) por presidentes de sindicatos rurais e entidades de classe para discussão sobre a prorrogação de prazo para adesão ao ERAS e sobre as medidas de controle e prevenção à sanidade na zona de vigilância. A reunião foi realizada na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e contou com a presença do deputado federal Dagoberto Nogueira.
Quanto ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), os produtores pedem prazo maior para prorrogação de inclusão e transferência ao novo sistema Estabelecimento Rural Aprovado pelo SISBOV (Eras).
Em relação às medidas sanitárias impostas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os produtores questionam e sugerem mudanças. De acordo com o presidente da Comissão dos Produtores Rurais da Região de Fronteira, Luiz Carlos Pantalena, das recomendações do Mapa, quatro delas podem ser inviáveis para os produtores. Os itens dizem respeito à sorologia, quarentena, abate e relação individual dos animais.
Para sorologia, a instrução normativa do MAPA para a zona de vigilância prevê exame sorológico individual. Isso é inviável. Nossa sugestão é que seja feito o inquérito, que avalia por amostragem, sem perder a qualidade, aponta. Para o abate, o que os produtores solicitam a criação de uma zona de livre comércio entre Paraguai e Brasil, entre as propriedades localizadas na zona de vigilância. Com isso acabamos com a informalidade e amenizamos a guerra dos preços, enfatiza Pantalena.
O documento com os questionamentos e sugestões dos produtores será encaminhado ao MAPA, pessoalmente, pelo deputado Dagoberto. A reunião deve acontecer ainda essa semana e poderá contar com representantes da Comissão dos Produtores Rurais da Região de Fronteira.