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Cotidiano Quinta-feira, 05 de Maio de 2011, 16:17 - A | A

Quinta-feira, 05 de Maio de 2011, 16h:17 - A | A

Mãe de Brunão é uma das testemunhas de acusação de Christiano Luna

Valquíria Oriqui e Jefferson Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Começaram a ser ouvidas hoje (5), às 13h30, as testemunhas de acusação de Christiano Luna de Almeida, 23, acusado de matar o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar, 23, no dia 19 de março, em frente a um bar localizado na avenida Afonso Pena em Campo Grande. Serão ouvidas ao todo 17 pessoas.

Familiares do segurança morto, conhecido como Brunão, estão reunidos com cartazes em frente ao Fórum da Capital pedindo justiça no caso. O pai de Brunão, João Márcio Escobar não quis entrar na audiência porque, segundo ele, “não aguentaria olhar para a cara de Christiano”.

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João Márcio Escobar
Foto: Deurico/Capital News

A mãe da vítima, Edicelma Gomes Vieira está acompanhando a audiência e foi uma das testemunhas ouvidas. Edicelma, que trabalha como cozinheira, falou que o filho, há seis meses vinha fazendo free lance como segurança e que não possuía nenhum problema de saúde.

Um dos seguranças do bar onde aconteceu a tragédia, Marcelo Lima da Silva, conta que presenciou uma segunda briga, após a briga que foi mostrada nas câmeras de segurança do bar. Marcelo fazia a vistoria de quem entrava no bar e não presenciou a briga que aconteceu do lado de fora.

“Era uma briga somente entre o Brunão e o Christiano. Christiano “montou” em cima do Brunão e começou a socá-lo. Tentei tirá-lo de cima do Brunão, como não consegui pedi ajuda de outros colegas seguranças e depois de tirar Christiano de cima do Brunão o Christiano saiu correndo”, conta Marcelo, uma das primeiras pessoas que socorreu Brunão após o ocorrido.

Ricardo Trad, advogado de defesa do Cristiano perguntou se há dentro do bar uma sala reservada para quem faz baderna, e ele disse que não. O advogado alega que o depoimento de Marcelo foi confuso e que há conflito de informações quando comparado com o depoimento que Marcelo concedeu na delegacia.

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Advogado de defesa do Cristiano, Ricardo Trad
Foto: Deurico/Capital News

Paulo Roberto Jesus Tavares trabalhava como garçom do bar onde tudo aconteceu. Paulo conta que tudo começou quando Christiano passou a mão nas nádegas dele. Ao ver o ocorrido, Brunão chegou mais perto, porém, não fez nada. “Na segunda vez que Christiano passou a mão, Brunão imobilizou Christiano e o levou para pagar a conta. Quando eu cheguei perto dele para pegar a comanda de um cliente ele me falou: Negueba do Flamengo olha a sua cor, esses aí são tudo vagabundo”, conta o garçom ao ressaltar que “a partir do momento que Brunão pegou Christiano para pagar a conta não sabe mais o que aconteceu”.

Após o ocorrido Paulo conta que ficou uma semana sem ir trabalhar porque ficou com vergonha dos amigos que tiravam sarro. “Eles me falavam: olha o garçom que o menino passou a mão na bunda”, conta ele.

Outra testemunha de acusação ouvida foi o segurança Thiago Santos de Lima, que não presenciou a cena da briga, porém, afirma que já teve problemas com Christiano quando era segurança de uma Cachaçaria em Campo Grande.

Thiago conta que certo dia discutiu com Christiano quando um amigo dele saiu do bar com uma taça na mão e foi para outro estabelecimento, ao lado do bar que o segurança estava trabalhando.

Thiago não era amigo de Brunão, o conhecia apenas de trabalho. “Quando soube da morte do Brunão e ví quem era o acusado pensei: já tive problema com esse cara”, conta.

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Christiano Luna de Almeida, acusado de matar o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar
Foto: Deurico/Capital News

O sargento do Grupo de Choque da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) Wander de Souza Martins, conta que quando chegou no local, testemunhas informaram o que havia acontecido. “Me falaram da briga e que Christiano não queria sair do bar, que ele saiu imobilizado e que Christiano começou a deferir socos no peito e no rosto de Brunão.

Após pegar o nome do suspeito e confirmar no estacionamento onde ele tinha parado o carro, o policial chegou até a residência da mãe de Christiano. Chegando lá o porteiro informou ao policial que Christiano havia chegado com um carro e saído com outro.

A Cigcoe efetuou busca em volta do local e, ao avistarem Christiano, suspeitaram dele. O sargento conta que Christiano não resistiu à prisão, mas que ele dizia que os policiais estavam enganados, que ele não tinha nada a ver com a história.

Christiano Luna está sendo julgado por lesão corporal e injúria.


Por Valquíria Oriqui e Jefferson Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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