A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta terça-feira (4) que a instituição “declarou-se categoricamente contra o pedido da defesa dos três acusados pela morte do cacique Guarani-Kaiowá Marco Veron”.
O pedido era para que fosse rejeitada a presença do intérprete escolhido pelos índios, alegando que eles podem falar a língua portuguesa. O julgamento é realizado desde essa segunda (3), em São Paulo (SP).
A solicitação foi deferida parcialmente pela juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal de São Paulo. A decisão foi por designar o intérprete apenas para os índios que não falam português.
Conforme assessoria, o MPF, contrário à decisão da juíza, “abandonou o plenário”. O julgamento foi suspenso e não tem data para ser retomado. Para o MPF, a decisão da juíza vai de encontro com a garantia que os indígenas têm de se expressar na própria língua, o guarani. A instituição vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Por: Ana Maria Assis (www.capitalnews.com.br)
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