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Saúde Terça-feira, 05 de Janeiro de 2010, 13:31 - A | A

Terça-feira, 05 de Janeiro de 2010, 13h:31 - A | A

Com agenda de negociação com Prefeitura, agentes de saúde voltam ao trabalho, mas sem aumento salarial

Marcelo Eduardo - Capital News

Agentes de saúde voltam ao trabalho após um dia de paralisação. Eles ameaçavam entrar em greve por tempo indefinido até que a Prefeitura aceitasse uma série de solicitações, dentre as principais a de elevar os salários dos atuais R$ 477,00 para R$ 1,4 mil. Após reunião com o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e o secretário de Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), decidiu-se pelo retorno às atividades.

A categoria saiu de lá com algumas promessas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública); uma nova reunião ainda em janeiro e a efetivação do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública de Campo Grande) como única representação dos agentes para negociações.

Nenhum acordo sobre aumento de salários foi efetivado, segundo Mandetta.

Membro do Conselho Administrativo do Sintesp, Paulo César Ribeiro, a categoria quer fixação do piso salarial em R$ 1.485,76 para agentes epidemiológicos e de R$ 1.991,06 para os comunitários e de saúde.

De acordo com PCC (Plano de Cargos e Carreiras) sugerido pela categoria, o vencimento dos agentes poderia chegar a até R$ 3.088,78.

Por 8 horas de trabalho diárias (40 horas semanais), uma das três categorias de agentes de saúde recebe R$ 477,00.

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Mandetta diz que esta foi uma primeira reunião e que valores ainda não foram tratados
Foto: Deurico/Capital News

Segundo Mandetta, a categoria se precipitou em ir à Câmara Municipal em dezembro e em abrir greve ontem. “Existe uma PEC, uma Proposta de Emenda Constitucional, que já foi votada pela Câmara Federal e está no Senado, ou seja prestes à aprovação do presidente. Esta PEC coloca que o piso salarial dos agentes de saúde de todo o Brasil seja de dois salários mínimos. Então, vamos esperar isso para discutir os salários.”

Sobre a reunião, Mandetta disse que “foi uma primeira conversa feita com reivindicações pertinentes e outras não pertinentes porque a data base deles é em maio”.

Para Paulo Cesar, a conversa foi promissora. Amando Cheik (também membro do Conelho do Sintesp), existe possibilidade sim de que o salário pode ser de 1,4 mil.

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Para Paulo Cesar Ribeiro (em primeiro plano, à esquerda), conversa foi tranquila e Sintesp conseguiu vitórias
Foto: Deurico/Capital News

Mandetta, diz que espera a PEC ser aprovada para tomar qualquer decisão. “Se vier a ser aprovada, já vem com dinheiro de repasse do governo Federal. O salário passaria para R$ 1.020,00 com o salário mínimo de R$ 510,00.”

Sobre os benefícios de insalubridade solicitado pelos agentes, Mandetta disse que nada está certo ainda.

Quanto ao dinheiro de incremento do salário atual dos agentes por produtividade – o que, segundo Mandetta eleva o salário atual de R$ 477,00 para aproximadamente R$ 750,00 – não existe garantia de continuidade após aumento salarial.

Outro problema apontados por alguns agentes é o não pagamento por ações feitas quando do combate à leishmaniose em setembro e outubro. Segundo eles, por ação (feita em sábados e domingos, fora do dia de expediente) cada agente receberia R$ 69,90. “Só eu participei de sete neste período. Então, trabalhei de sol a sol com perigo de mordida de cachorro e tenho direito a receber ainda?”, indaga agente que conversou com o Capital News, mas preferiu não se identificar.

Os trabalhos foram realizados para CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

 Veja também:

Agentes de saúde entram em greve

Agentes de saúde querem que Prefeitura explique supostas irregularidades nos valores de salários

 

 

 

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lenilson 28/01/2010

é uma vergonha a forma que os nos trata o salario aumenta e as prefeitura NAO REPASSA OS VALORES CORRETOS QUE O GOVERNO MANDAR O GOVERNO TEM QUE TORMAR UMA ATITUDE A RESPEITO DO NOSSO DINHEIRO E OUTRAS QUESTOES.

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Douglas 05/01/2010

É uma vergonha a forma com que o municipio está tratando o assunto. A questão salarial é apenas uma das irregularidades, não sou agente de saúde mas tenho conhecimento de que os materiais básicos para a execução do trablalho são de péssima qualidade e muitas vezes não são fornecidos. Protetor solar é um luxo para poucos. O salário de R$510,00 é muito pouco para os agentes de saúde que correm o risco de adquirir cancer de pele.

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2 comentários


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