Cães e gatos também podem variar a dieta, evitando apenas alguns alimentos
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Quando o assunto é alimentação saudável de humanos, há recomendações claras sobre o que comer e o que evitar, as quais podem ser consultadas em um documento publicado pelo Ministério da Saúde chamado de Guia Alimentar para a População Brasileira. Há alimentos naturais, que são muito recomendados, e os ultraprocessados, que devem ser evitados.
E com os animais, seriam as rações uma alimentação balanceada o suficiente para oferecer todos os nutrientes necessários? Uma pesquisa divulgada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária revelou que 40% dos donos de cães e gatos não sabem se os bichinhos estão no peso ideal.
Esse levantamento leva a entender que os tutores não têm também conhecimento adequado sobre qual é a alimentação ideal para as condições físicas do pet. Os participantes da pesquisa, no entanto, souberam classificar uma alimentação inadequada, pois 25% dos entrevistados revelaram oferecer a cães e gatos alimentos não recomendados para eles.
Saber qual é a alimentação inadequada já é um ponto de partida para correr atrás das melhorias. Donos de pets devem estar atentos aos ingredientes que compõem a dieta dos bichinhos, questionando o impacto de algumas rações ultraprocessadas na saúde dos animais. Especialistas alertam que, assim como ocorre com alimentos industrializados para humanos, o excesso de conservantes, corantes e aditivos pode levar a problemas como obesidade, alergias e doenças crônicas.
Alimentos naturais
Outro estudo, feito na universidade californiana de Pomona, concluiu que cães com dietas baseadas em alimentos cozidos e naturais apresentaram melhoria na imunidade e oxigenação. É importante, porém, ressaltar que adotar uma alimentação natural não é replicar dietas humanas. É preciso conhecer o peso ideal para os animais de cada faixa etária e espécie e, assim, descobrir quais são as principais necessidades nutricionais.
Baseando-se nesses conhecimentos, a melhor escolha pode ser continuar mantendo uma alimentação à base de ração. Algumas rações são formuladas para atender às necessidades específicas de cada fase da vida do animal, garantindo um equilíbrio adequado de proteínas, vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais. Além disso, as rações passam por rigorosos processos de controle de qualidade, o que reduz o risco de contaminação por bactérias ou parasitas, comum em alimentos naturais mal manipulados.
Caso seja possível, o tutor pode também optar por uma dieta personalizada com alimentos naturais, rica em nutrientes como ômega-3, ômega-6 e outros. Essa alimentação pode ajudar no aumento da vitalidade, na prevenção de doenças, melhora do sistema digestivo e redução de problemas de saúde provocados pelos corantes e outras substâncias químicas presentes em algumas rações.
O primeiro passo para decidir quais desses modos alimentares seguir é consultar um veterinário e pedir que ele faça o acompanhamento da transição alimentar para uma dieta composta por alimentos naturais. Isso pode começar com a adição de iogurte, cenoura e própolis sem álcool em meio a ração, por exemplo.
É fundamental ressaltar que alguns alimentos não devem ser incorporados à alimentação, como massas, açúcar, chocolate, queijos, uva, frituras e cebola. Apesar de algumas carnes serem opção de alimento, nelas não devem ser usados temperos, e os ossos devem ser separados para evitar engasgos e ferimentos na boca do animal.
Se nesse processo houver sintomas de alergia, o alimento pode ser suspenso, e medicamentos como o antialérgico Apoquel 16mg podem ser utilizados. Em casos mais graves de alergia e intoxicação, deve-se procurar imediatamente um médico veterinário com urgência.
Caso o pet que tenha aderido inicialmente à alimentação natural esteja demonstrando estar com fezes normais, sem qualquer tipo de desconforto e com muita energia, é um sinal verde para seguir em frente com a dieta.
