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Coluna Bem-Estar

Países com baixo IDH devem ter aumento de até 142% nos casos de câncer até 2050

Por Laura Fassina

Da coluna Bem-Estar
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O estudo também revela que países com IDH médio enfrentarão um crescimento de cerca de 99% nos casos, enquanto países com alto IDH terão aumentos mais moderados

koto_feja/iStock

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo que aponta para um cenário preocupante no combate ao câncer. Estima-se que a incidência da doença aumente em 77% até 2050, com 35 milhões de novos casos, quando comparada com as estatísticas de 2022. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi um dos indicadores para mapear onde esse aumento será mais expressivo.

Os resultados indicam que países com baixo IDH, ou seja, com menor desenvolvimento humano, podem enfrentar um crescimento de até 142% nos casos de câncer. Em países com IDH médio, a expectativa é que o índice seja em torno de 99%. Esses dados evidenciam as dificuldades existentes no acesso aos cuidados de saúde e a importância de políticas públicas eficazes para prevenir e combater a doença.

No entanto, a instituição também revela que o câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo e os fatores de risco são mais do que condições genéticas. Além dos índices biológicos, considera-se imprescindível analisar os comportamentos da população. Hábitos como fumar e beber, por exemplo, podem aumentar as chances de desenvolver a doença. Uma dieta desequilibrada e a obesidade também contribuem para esse quadro médico.

De acordo com o hematologista e coordenador do serviço de transplante de medula óssea do Hospital Felício Rocho, Guilherme Muzzi, a prevenção é uma das políticas mais importantes para evitar fazer parte dos índices: “Hábitos aparentemente inofensivos podem desencadear doenças graves no futuro. Vivemos em uma era em que o estilo de vida da população está diretamente ligado ao surgimento de diversas enfermidades”, alerta Guilherme.

Entenda a importância da prevenção e de rápidos diagnósticos

O médico destaca que os diagnósticos rápidos e a detecção precoce são estratégias inteligentes para lidar com o esperado e fundamentais para um tratamento com maiores chances de cura: “O paciente que descobre um câncer nos estágios iniciais tem um prognóstico muito mais positivo. É crucial que tanto a rede pública quanto a privada estejam preparadas para atender essa demanda crescente e oferecer diagnósticos e tratamentos ágeis”, afirma Muzzi.

Uma rotina com hábitos saudáveis, composta por uma dieta balanceada, exercícios físicos regulares, não consumir álcool e evitar o tabagismo, são essenciais para a prevenção de inúmeros tipos de câncer. Esses hábitos também fortalecem o sistema imunológico, auxiliam no controle do peso e melhoram o bem-estar e saúde mental.

Por meio de exames regulares e específicos para cada faixa etária e grupo de risco, é possível checar lesões ou tumores em estágios iniciais. Os profissionais formados em uma faculdade de radiologia ead, por exemplo, são responsáveis pelas imagens detalhadas de órgãos e tecidos. O tratamento adequado exige resultados precisos, formulados através do trabalho multidisciplinar com médicos de outras especialidades, principalmente com oncologistas e clínicos gerais.

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