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Ciência e Tecnologia Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2024, 16:39 - A | A

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Assistência Técnica

Horta da Esperança no Centro Penal da Gameleira recebe apoio do Senar

Sendo responsável pelo suporte para o aumento da produção e qualidade dos alimentos

Layane Costa
Capital News

Vitor Ilis/Sistema Famasul

Horta da Esperança no Centro Penal da Gameleira recebe apoio do Senar

Horta Esperança

A 'Horta da Esperança' tem auxiliado detentos na conscientização, redução de pena e ressocialização. O projeto é fruto de uma parceria entre o poder judiciário, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e o Senar Mato Grosso do Sul, através da Assistência Técnica e Gerencial aos reclusos que trabalham no local.

Conforme o supervisor de campo da ATeG Horticultura, Thiago Escobar, o papel do Senar é dar suporte para o aumento da produção e qualidade dos alimentos. “A sustentabilidade é trabalhada por meio da rotação de culturas, cobertura do solo, uso correto de defensivos agrícolas para melhorar os resultados da horta”, afirma.

Vitor Ilis/Sistema Famasul

Horta da Esperança no Centro Penal da Gameleira recebe apoio do Senar

Técnico de Campo do Senar

O técnico de campo e engenheiro agrônomo, Welligton Valadão, pontua que mais de 20 culturas são produzidas. “Na prática, eu atuo desde o início da implementação do projeto, desde o planejamento, organização das culturas, o que seria plantado e como, o escalonamento das culturas e inserção das tecnologias. Após essa fase, eu passei a realizar duas visitas mensais para orientar os internos e agentes penitenciários que auxiliam os mantenedores da horta”, detalha.

“Eu moro em um sítio e mexer com a natureza traz mais energia para mim. Quando eu convivo com as plantas fortalece meu espírito. Plantar e colher me ajuda cada dia mais a sobreviver. Se eu entrei fraco aqui eu vou sair mais forte, com uma profissão que eu possa atuar, trabalhar, produzir e procurar fazer o certo a partir de agora”, explica um dos internos.

“Eu quis trabalhar na horta para não precisar ir para a rua, então já estamos ‘dentro do serviço’, e porque aqui é um bom lugar para se estar. Eu não tinha experiência com a horta, então eu observava os outros e aprendia. Aprendi a plantar, colher, mexer com a terra e adubar. A minha parte favorita é plantar, porque é legal ver ela crescer e se desenvolver”, relata outro detento.

“Além disso, também realizamos a venda das mercadorias para as empresas que nos fornecem alimentos”, afirma o diretor do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, Adiel Barbosa.

Em 2023 foram produzidas 25 toneladas de alimentos no local, sendo 20% doadas e 80% vendidas para fornecedores da unidade.

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