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Meio Ambiente Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 09:11 - A | A

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Mato Grosso do Sul

Conservação do solo garante rios cristalinos e reativa trilha submersa em Bonito e Jardim

Fenômeno natural após fortes chuvas é resultado de medidas ambientais do Governo do Estado

Elaine Oliveira
Capital News

As recentes ações de conservação do solo promovidas pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), começam a apresentar resultados positivos e visíveis na região de Bonito e Jardim. Mesmo após fortes chuvas, os rios da região permaneceram cristalinos e permitiram o retorno da famosa “trilha submersa” no rio Olho D’Água, um dos principais atrativos de ecoturismo do Estado.

Segundo o secretário Jaime Verruck, o fenômeno é um indicativo claro do sucesso das medidas conservacionistas adotadas. “O importante é que tivemos esse retorno, comprovando que as ações são acertadas e devem ser intensificadas para chegar a uma proteção adequada dos rios”, afirmou. Ele reforçou que o governador Eduardo Riedel determinou a continuidade das práticas do programa Prosolo, além da notificação de proprietários rurais para adequação às normas ambientais.

A trilha submersa, que ocorre quando a elevação do nível do rio encobre as passarelas de madeira, voltou a surgir na semana passada após um volume de 220 mm de chuva em apenas sete horas. A subida do rio da Prata represou o Olho D’Água, formando o cenário raro e encantador. Em anos anteriores, esse fenômeno era ofuscado pelo turvamento das águas causado pela erosão e acúmulo de sedimentos.

Para Eduardo Coelho, diretor do Grupo Rio da Prata, a manutenção das águas cristalinas é resultado direto da proteção ambiental na região. “Esse fenômeno é possível graças à conservação da mata ciliar e ao fato de o atrativo estar inserido dentro de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural)”, pontuou.

As melhorias também são percebidas no rio Formoso, outro importante curso d’água em Bonito. Segundo o produtor rural Lucas Alves, que também atua no turismo local, as mudanças já são visíveis. “Comparado ao que era há três anos, tenho visto melhorias. A parte alta do Formoso sofre menos com as chuvas, mas, principalmente na parte que recebe águas do Formosinho e do rio Anhumas, ainda vai precisar de mais cuidado”, relatou.

Com a continuidade das ações ambientais e o fortalecimento das práticas sustentáveis, a região segue no caminho da recuperação ecológica, beneficiando não só a biodiversidade local, mas também o ecoturismo, uma das principais fontes de renda da economia regional.

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