Equipes do governo de Mato Grosso do Sul continuam as buscas pela onça-pintada que matou Jorge Avalo, de 60 anos, no Pantanal de Aquidauana. A operação conta com a participação do pesquisador Gediendson Ribeiro de Araújo, da UFMS, e o monitoramento é feito por dez policiais da Polícia Militar Ambiental (PMA), que instalaram mais de dez armadilhas ao redor do pesqueiro onde ocorreu o ataque.
Segundo o comandante da PMA, José Carlos Rodrigues, há grande chance de captura, pois o animal é territorialista e já retornou à área. “A probabilidade de ela retornar novamente é muito grande”, afirmou. O comandante explicou ainda que a equipe reconheceu a onça durante o resgate do corpo, quando o felino chegou a atacar os policiais. Trata-se de um macho, identificado por características físicas.
A Secretaria de Meio Ambiente (Semadesc) informou que, caso a captura seja bem-sucedida, o animal será levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, para exames. A suspeita é de que o macho apresente algum problema fisiológico, o que pode justificar seu comportamento agressivo e incomum.
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Jorge Avalo trabalhava como caseiro no local e foi atacado na manhã de segunda-feira (21). Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, com partes espalhadas pela vegetação e pegadas do animal próximas. Ele foi enterrado em Anastácio (MS), sem velório, conforme decisão da família.