As condições atuais não são favoráveis a propagação do fogo, mas o cenário positivo não permite que haja desmobilização e o alerta é constante, já que para as próximas semanas o forte calor e o tempo seco, elementos determinantes na expansão dos incêndios, devem retornar.
Fora isso, continua o trabalho de rescaldo e prevenção em diversas áreas atingidas pelos incêndios florestais em junho. De acordo com informações do SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Corumbá, um foco de incêndio permanece ativo no Pantanal Sul-mato-grossense, na região do Tagiloma, conhecido como Maracangalha.
Outro ponto de atenção se concentra na região do Paraguai Mirim, onde equipes trabalham para evitar a reignição dos focos de incêndio e assegurar que estes focos permaneçam confinados dentro da área isolada ao longo das margens do rio Paraguai.
Vale lembrar que devido a riqueza de materiais orgânicos inflamáveis ali presentes, o solo pantaneiro é fertil para a reignição e propagação do fogo, com as popularmente conhecidas turfas, responsáveis pelo conhecido 'fogo subterrâneo' no bioma.
Atualmente há 95 bombeiros militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuando na Operação Pantanal 2024, dos quais 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o SCI, distribuídos em Campo Grande e Corumbá.
Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.
Tal esforço concentrado teve seu pico há duas semanas, quando os incêndios florestais alcançaram grandes proporções. Diante do trabalho direto de combate e reforço federal, aliado à condição climática, houve uma queda nos números de locais com fogo e de focos ativos.