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Economia Sábado, 25 de Janeiro de 2025, 10:29 - A | A

Sábado, 25 de Janeiro de 2025, 10h:29 - A | A

Inflação acumulada

Prévia da inflação desacelera e sobe 0,11% em janeiro

Este é o menor resultado para um mês desde julho de 2023, quando houve inflação negativa de 0,07%

Viviane Freitas
Capital News

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), também conhecido como prévia da inflação oficial, registrou 0,11% em janeiro de 2025, apresentando uma desaceleração em relação ao mês anterior, que foi de 0,34%. Este é o menor resultado para um mês desde julho de 2023, quando houve inflação negativa de 0,07%, e o menor para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,5%, atingindo exatamente o limite superior da meta de inflação do governo. Em dezembro de 2024, o acumulado estava em 4,71%. A desaceleração de janeiro indica que os preços subiram, mas com uma velocidade menor, sendo os alimentos e passagens aéreas os principais responsáveis pela pressão inflacionária.

O grupo de alimentos e bebidas foi o que mais impactou o IPCA-15, com uma alta de 1,06%, gerando um impacto de 0,23 ponto percentual (p.p.) no índice. Itens como refeição (0,96%), café moído (7,07%) e tomate (17,12%) foram os maiores responsáveis por essa elevação. Já os transportes também exerceram pressão, com uma alta de 1,01%, gerando 0,21 p.p. no índice.

Por outro lado, o grupo de habitação foi o único a apresentar queda, de 3,43%, com uma contribuição negativa de -0,52 p.p. Esse recuo foi influenciado pela redução de 15,46% no custo da energia elétrica, beneficiada pelo Bônus de Itaipu, que proporcionou um desconto na conta de luz dos consumidores. Esse desconto impactou positivamente na inflação, reduzindo o índice em 0,6 p.p.

O IPCA-15, que teve como período de apuração de preços entre 13 de dezembro de 2024 e 14 de janeiro de 2025, será complementado pelos dados do IPCA fechado, que será divulgado no dia 11 de fevereiro. O Banco Central utiliza esse índice para monitorar a meta de inflação, que para 2025 é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em 2024, o IPCA fechou em 4,83%, acima da meta de 4,5%.

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