O município de Campo Grande apresentou a menor taxa de desocupação desde
2012. Conforme a divulgação da Pesquisa por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD-T) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o terceiro trimestre deste ano registrou uma taxa de 3,1%.
Devido a este número, Campo Grande fica em segundo lugar entre as capitais do País, atrás somente de Porto Velho com 2,9%. Os números colocam também a Capital abaixo das médias estadual e nacional, que conforme o IBGE, foram de 4% e 7,7%, respectivamente.
Comparado ao segundo trimestre deste ano, houve uma variação de 0,1 ponto percentual na taxa de desocupação. Já em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve uma queda de 3,0 p.p. Os números da capital são ainda comparativamente melhores que ao de outras nações desenvolvidas como Estados Unidos (3,9%), Canadá (5,7%) e Alemanha (5,8%).
“Este cenário é considerado na macroeconomia quando toda a mão-de-obra, qualificada ou não, pode ser empregada devido ao grande impulso que deixa a economia em equilíbrio. Pleno emprego não é sinônimo de ausência de desemprego, pois há tipos não-cíclicos de desemprego, como o desemprego friccional (haverá sempre pessoas que abandonaram ou perderam um emprego sazonal e estão no processo de conseguir um novo emprego) e desemprego estrutural (falta de correspondência entre as habilidades dos trabalhadores e os requisitos do trabalho), ou seja, o pleno emprego não é um nível em que o desemprego é nulo, mas que atinja um nível satisfatoriamente baixo”, esclarece o economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Corrêa dos Santos.
Ainda, conforme a pesquisa, Campo Grande possui 746 mil pessoas em idade para trabalhar, deste, 496 mil estão na força de trabalho (pessoas entre 14 anos ou mais). 15 mil pessoas estão desocupadas e 36 mil estão subocupadas. Os números encontram-se abaixo do período pré-pandemia.
A renda média do trabalhador atingiu R$ 3.940 no terceiro trimestre, uma variação de 3,1% frente ao trimestre anterior e de 10,2% frente ao mesmo período de 2022. O rendimento médio mensal real das pessoas ocupadas em Campo Grande é 32% superior à média nacional de R$ 2.982 e 19% em relação à média do Mato Grosso do Sul (R$ 3.315).
“Desde julho de 2020, quase 40 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram criados. Apenas em 2023 houve um saldo de 7.227 novas vagas, com destaque para serviços, construção civil e indústria. No mesmo período houve um aumento de 28 mil novas empresas na capital, em sua maioria micro e pequenos empreendedores que aproveitaram os desafios e as oportunidades geradas pela fase pós-pandemia para iniciar o próprio negócio”, destaca a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.
O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, complementa e diz que a pesquisa demonstra que todo o trabalho realizado pela Prefeitura de Campo Grande para promover o desenvolvimento econômico tem surtido efeito. “Estamos trabalhando para fortalecer todas as matrizes econômicas de Campo Grande, além de desburocratizar o acesso a empresas e evidenciar a Capital das Oportunidades para todo o Brasil. Meu principal objetivo é o fortalecimento de Campo Grande para o país e para a América Latina, permitindo com que o campo-grandense possa ter um ganho maior de salário, de recursos, de lucro, para que a vida possa ser melhor”, destaca.