Campo Grande 00:00:00 Domingo, 24 de Novembro de 2024



ENTREVISTA Quarta-feira, 26 de Setembro de 2018, 11:51 - A | A

Quarta-feira, 26 de Setembro de 2018, 11h:51 - A | A

ELEIÇÕES 2018

Série de Entrevistas: Azambuja quer continuar governando para “garantir o futuro do MS”

Candidato do PSDB é o terceiro entrevistado da Série de Entrevistas do Jornal Capital News com os candidatos ao Governo do Estado

Leonardo Barbosa
Capital News

Assessoria

Série de Entrevistas: Azambuja quer continuar governando para “garantir o futuro do MS”

Reinaldo Azambuja é candidato a reeleição ao Governo Do Estado pelo PSDB

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), candidato à reeleição, é o terceiro a participar da Série de Entrevistas com os postulantes ao executivo estadual, promovida pelo Jornal Capital News nesta semana. O candidato falou sobre suas propostas e projetos para o Mato Grosso do Sul, caso seja reeleito.

 

Azambuja respondeu à oito perguntas padrões (enviadas à todos os candidatos) sobre economia, saúde, educação, corrupção e governabilidade. Confira:

 

- Por que você quer continuar governando Mato Grosso do Sul? (Resposta em vídeo)

- Eu tenho obrigação de defender o legado do trabalho que nós realizamos. Que foi um trabalho de enfrentamento. Nós enfrentamos os piores momentos, de crise, de denuncismo, de descrédito da classe política… Fizemos um governo de responsabilidade! Políticas públicas você não faz em um curto período, você implanta um modelo e depois você consolida o modelo. Essas obras que estão em andamento nos 79 municípios, muitas já foram concluídas e muitas estão iniciando, e elas vão ser concluídas e vão continuar essa mesma política de fazer os investimentos e fazer parceria com os municípios do MS. Então eu acho que é um momento diferente, é uma nova política. Em um estado gigante igual o nosso, de oportunidades, todo dia tem um problema. Ou você tem uma interrupção de uma rodovia, ou você tem algo que aconteceu ali, que caiu uma ponte, como nós tivemos pontes que caíram, e nós tivemos que refazer as pontes caídas, para dar o ir e vir às pessoas. Nós tivemos que fazer enfrentamento em área tributária, em área fiscal, para poder ter receita, para poder custear os gastos, mas sozinho ninguém faz nada, isso só foi possível porque teve uma equipe comprometida, teve os servidores públicos, teve uma dedicação… E é por isso, que nós colocamos o nome à apreciação da população para mais uma vez, poder continuar governando com o mesmo perfil, com a mesma responsabilidade, mas com inovação. Eu acho que esse é o grande trabalho que nós temos… Ter sintonia com o pensamento que as pessoas têm para o desenvolvimento do estado, e fazer desse pensamento - que ele é coletivo, ele é de todos - a prioridade de um futuro governo, para continuar trabalhando pelo MS com responsabilidade, com honestidade e com transparência, que eu acho que foi a grande marca que nós implantamos nesses 3 anos e 7 meses que nós estamos governando o estado.

 

- Como você enxerga a situação atual do Estado? O que precisa ser melhorado?

- A garantia de todas as conquistas que nossa gestão alcançou nestes últimos 3,7 anos, em meio a um cenário de crise nacional não foi uma tarefa fácil. Foi preciso implementar um governo regido pela responsabilidade, pela seriedade e pela transparência. Para dar conta da crise e continuar investindo, reduzimos o tamanho do estado, os cargos de confiança, os contratados e o custeio. Hoje somos, ao lado de Goiás, o estado com o menor número de secretarias do País. O Estado estabeleceu, pela primeira vez na história, um teto para os gastos públicos. Agora, nenhum dos Poderes pode gastar mais do que se arrecada no Mato Grosso do Sul. Em seguida, fizemos uma necessária revisão tributária, ajustando os impostos estaduais sobre supérfluos; e a política de incentivos que culminou na criação do fundo de estabilização fiscal. Hoje, Mato Grosso do Sul é o 3º estado em solidez fiscal no país. Enfrentamos com coragem a reforma da previdência estadual, que deveria ter sido feita há muito tempo. Eu não poderia me omitir. Tudo isso, aliás, foi feito com máxima transparência. Tudo isso permitiu que o Mato Grosso do Sul permanecesse de pé enquanto muitos estados viam sua economia ruir, seu tecido social esgarçar. O Mato Grosso do Sul venceu o pior da crise e, agora, prepara-se para continuar implementando as transformações que todos nós desejamos.

 

- Nos últimas gestões, servidores e chefes de departamentos ligados ao governo estiveram envolvidos em escândalos de corrupção. O que precisa ser feito para que essa prática seja abolida dentro do sistema público?

- É preciso governar com transparência. E é bom lembrar que éramos o penúltimo estado neste requisito e hoje temos nota máxima. Somos nota 10 em Transparência no Brasil por duas vezes consecutivas.

 

- Como aumentar o investimento em saúde e educação?

- Hospitais funcionando, reformas, reestruturações, construções de mais unidades de saúde e novos equipamentos. Tudo isso faz parte da Caravana da Saúde. É que junto com os mutirões para acabar com a fila da vergonha por consultas, exames e cirurgias, nós estamos regionalizando a saúde em Mato Grosso do Sul, para levar o atendimento mais perto das pessoas de todo o estado. As entregas estão sendo feitas em todas as regiões. Investimos R$ 4,7 bilhões em saúde no Estado e, lançados e ativados na rede hospitalar 70 novos leitos de UTI. Estão em construção, os hospitais regionais de Três Lagoas e Dourados, sendo que o da região Leste será entregue ainda neste ano. Em Nova Andradina, existia um prédio, mas sem atendimentos. Hoje funciona Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), UTI neonatal, tomografia e ressonância. No hospital em Ponta Porã também quase não tinha atendimento. Agora tem 10 leitos de UTI, tomógrafo e cirurgias eletivas. No Pantanal, em Corumbá, a Santa Casa recebeu repasse de R$ 11 milhões para reestruturar a unidade, com novos pronto socorro e maternidade. Jardim recebeu recursos para o Hospital Marechal Rondon, que vai passar por uma reestruturação para atender toda região Sudoeste do Estado. Na Capital, o Hemosul foi reformado e o Hospital do Trauma começou a funcionar após uma construção de duas décadas. Enfrentamos até mesmo o Ministério da Saúde para levar a Coxim os equipamentos de hemodiálise; em Aquidauana foram 17 máquinas de hemodiálise e um tomógrafo, além da reforma e reestruturação do centro de cirurgia. Naviraí é outra cidade que vai ganhar um núcleo de hemodiálise.A Caravana da Saúde, por sua vez, acumula números impressionantes: mais de 500 mil atendimentos, 60 mil cirurgias, 150 mil consultas e 10 mil exames de alta complexidade. A marca que salta aos olhos de todos é o fim de anos de espera pelos serviços. O programa não parou e não vai parar. Ele continua em duas modalidades: a Caravana nas Escolas, que já atendeu mais de 29 mil alunos; e a Indígena, que passou por Amambai e Aquidauana e segue para Dourados e Caarapó. Que me desculpem os críticos da Caravana, mas enquanto tiver uma pessoa precisando de cirurgia, vamos continuar esse atendimento e terminar essa teia de regionalização para que, quando tiver tudo entregue, as eletivas sejam feitas nos polos.

 

Mato Grosso do Sul paga o melhor salário para os professores da Rede Estadual de Educação, considerando todas as categorias. O piso no Estado é de R$ 5.553 para os docentes, em início de carreira, que trabalham 40 horas semanais - mais que o dobro piso nacional de R$ 2.455,35. Alguns dizem que o Maranhão paga o melhor salário do País: R$ 5.750. Mas esquecem que apenas 7% dos professores da rede naquele estado recebem esse salário. Essa é a quantidade de professores maranhenses que trabalham 40 horas por dia. Para toda a categoria, quem paga o maior salário é o nosso Estado. Além disso, avançamos com tecnologia nas escolas, matrícula digital. Das 366 escolas, mesmo enfrentando a crise, 266 passaram por melhorias.

Implantamos as escolas de tempo integral e oferecemos treinamento e capacitação para os professores. E os resultados já estão aparecendo. As crianças estão aprendendo mais em Mato Grosso do Sul. O novo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador sobre a qualidade do ensino no Brasil, mostra o avanço do aprendizado no Estado. As escolas da rede pública estadual avançaram em todas as etapas da educação: anos iniciais do Ensino Fundamental (4ª série e 5° ano), anos finais do Ensino Fundamental (8ª série e 9° ano) e Ensino Médio (3° ano).

 

- Mato Grosso do Sul é referência em produção Agropecuária. De que forma o governo pode ajudar mais os setores produtivo, industrial, empresarial e comercial?

- A maior recessão econômica da história brasileira, iniciada em 2014, freou o crescimento dos setores produtivos e atrapalhou o desenvolvimento de muitos estados. Porém, em Mato Grosso do Sul, o cenário é oposto. Nossa gestão, pautada nos pilares da coragem e responsabilidade, criou condições favoráveis para o avanço das atividades econômicas, entre elas a agropecuária.  Diversificamos a economia estadual com apoio a investimentos à silvicultura, produção de pescado, resgate da mineração, estímulos à pecuária orgânica e sustentável, promoção do turismo, estimulo ao surgimento de novos setores industriais como o da energia renovável, carros elétricos, produção de alimentos, produção de MDF. Fizemos o maior investimento da história do Estado na agricultura familiar. O resultado disso foi ver o Estado despontando nacionalmente como o quinto mais competitivo do país e o que esteve sempre nas primeiras posições do ranking nacional como gerador positivo de empregos. Sob nossa administração, enquanto o índice de desemprego no país atingia números nunca vistos – afetando, ainda hoje, 14 milhões de brasileiros - o Mato Grosso do Sul conseguiu atrair investimentos e gerar novos postos de trabalho, tornando-se o segundo estado do país em geração positiva de empregos.

 

- Caso um candidato da oposição vença o pleito para a Presidência da República, como seria a relação com o Estado?

- Republicana. Sempre trabalhei para ajudar o Estado a se desenvolver. Não seria diferente.

 

- Por que a escolha de seu candidato à vice? Descreva-o;

- Murilo é um homem honrado, o estado o conhece bem. Trata-se de um homem com experiência política e de gestão.

 

- Qual é o seu diferencial em relação aos outros candidatos?

- Responsabilidade. Não governamos com base na demagogia, mas para garantir o futuro dos sul-mato-grossenses.

 

 

A Série de Entrevistas do Jornal Capital News com os candidatos ao Governo do Estado continua nesta quinta-feira (27). O candidato entrevista desta terça será João Alfredo Danieze (Psol).

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS