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ENTREVISTA Quinta-feira, 27 de Setembro de 2018, 16:23 - A | A

Quinta-feira, 27 de Setembro de 2018, 16h:23 - A | A

Eleições 2018

Série de Entrevistas: João Alfredo diz que vai renunciar ao foro Privilegiado caso seja eleito

Candidato do Psol é o quarto entrevistado da Série de Entrevistas do Jornal Capital News com os candidatos ao Governo do Estado

Flávio Veras e Leonardo Barbosa
Capital News

Assessoria

Série de Entrevistas: João Alfredo diz que vai renunciar ao foro privilegiado caso seja eleito

João Alfredo é candidato ao Governo Do Estado pelo Psol

O advogado com especialidade em direito público, João Alfredo (Psol), é o quarto a participar da Série de Entrevistas com os postulantes ao executivo estadual, promovida pelo Jornal Capital News nesta semana. O candidato falou sobre suas propostas e projetos para o Mato Grosso do Sul, caso seja reeleito. 

 

Alfredo respondeu à oito perguntas padrões (enviadas à todos os candidatos) sobre economia, saúde, educação, corrupção e governabilidade. Confira:

 

-Como você enxerga a situação atual do estado? o que precisa ser melhorado?

-A situação é caótica em todos os setores. A educação teve nota inadequada na última avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), a saúde está fragilizada e a política habitacional não surtiu o efeito prometido. é preciso acabar com os privilégios, enxugando algumas secretarias, diminuindo cargos comissionados e o orçamento de outros poderes (Judiciário e Legislativo), para que os recursos possam ser investidos nos setores prioritários.

 

-Nas últimas gestões, servidores e chefes de departamentos ligados ao governo estiveram envolvidos em escândalos de corrupção. O que precisa ser feito para que essa prática seja abolida dentro do sistema público?

-Renunciamos ao foro privilegiado em nosso programa de governo, como exemplo de combate à corrupção. Será preciso intensificar a Controladoria Geral e fazer com que ela tenha “tentáculos” em todos os órgãos ou empresas estatais (Detran, Sanesul, etc.) para combate efetivo à corrupção, com “tolerância zero”. Fazer com que a controladoria, através de sindicâncias, apurem os casos de corrupção e que todos sejam exonerados a bem do serviço público.

 

-Como aumentar o investimento em saúde e educação?

-Acabando com os privilégios em todos os Setores/Poderes. não pode um juiz estadual, por exemplo, ganhar o dobro da média nacional, como informou o próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ), diante de ‘penduricalhos’. Não pode um servidor da Fazenda Pública Estadual ter um salário de 55 mil reais mensais, superior ao de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O orçamento da saúde e da educação precisa ser revisto e o seu incremento ocorrerá com a extinção de duas das dez secretarias existentes. Para acabar com as desigualdades sociais, é preciso investir maciçamente na educação e na saúde.  

 

-Mato Grosso do Sul é referência em produção agropecuária. De que forma o Governo pode ajudar mais os setores produtivo, industrial, empresarial e comercial?

-O agronegócio já tem a linha de crédito da união (cerca de 85 bilhões de reais na safra 2017/2018). Porém, é preciso ter logística para o escoamento dessa produção. O braço do Estado tem que ser o catalisador de todas as demandas do setor produtivo, sobretudo da agricultura familiar e do pequeno e médio produtor. Os recursos do Fundersul devem ser um “dinheiro carimbado” e utilizado somente para manutenção de estradas. Atrair empresas, com inventivos previamente definidos pela assembleia legislativa e investir nos vários ramos de atividade próprios de cada região, capacitando os trabalhadores e estimulando obras e serviços, gerando emprego e renda, trocando impostos por empregos. 

 

-Caso um candidato da oposição vença o pleito para a presidência da república, como seria a relação com o estado?

-Uma relação republicana, de respeito e harmonia, com a certeza de que a recíproca será a mesma, considerando que após as eleições as adversidades partidárias e ideológicas deixam de existir. 

 

-Por que a escolha da sua candidata à vice? a descreva;

-Por ser mulher, que deve ter a devida representatividade política, considerando que as mulheres representam 52% da população. Por ser trabalhadora rural, com forte liderança em assentamentos e de créditos fundiários. Por ser uma profunda conhecedora dos problemas relacionados às lides do campo, bem como à agricultura familiar. 

 

-Qual é o seu diferencial em relação aos outros candidatos?

-Somos a única candidatura que renunciou ao foro privilegiado. Assim, um juiz de primeiro grau poderá julgar todas as causas envolvendo o governador, a vice e seus secretários. Somos também um nome novo, com um partido ‘limpo’, sem qualquer envolvimento nos escândalos ocorridos nos últimos anos, sem ‘rabo preso’, sem ‘esquemas’ com empresas ou pessoas envolvidas em corrupção. Também, como diferencial, o senso de mudança, já que o eleitor já está cansado dos mesmos nomes, das mesmas caras e das promessas não cumpridas.

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