O candidato ao Governo do Estado, Marcelo Bluma (PV) é o segundo a participar da Série de Entrevistas com os postulantes ao executivo estadual, promovida pelo Jornal Capital News nesta semana. O candidato falou sobre suas propostas e projetos para o Mato Grosso do Sul, caso seja eleito governador.
Bluma respondeu à oito perguntas padrões (enviadas à todos os candidatos) sobre economia, saúde, educação, corrupção e governabilidade. Confira:
- Por que você quer governar Mato Grosso do Sul? (Resposta em vídeo)
- Eu quero ser governador de Mato Grosso do Sul para consertar os serviços públicos que atualmente não funcionam. O cidadão paga imposto caríssimo e quando precisa de atendimento de saúde, não têm. Paga imposto caríssimo e quando têm qualquer problema relacionado à violência, à roubo ou furto, não encontra o apoio do poder público. Nós precisamos modernizar a administração pública, porque, recolhe impostos dos contribuintes todos os dias e não dá de volta, o serviço público que nós precisamos. Quero também ser governador do MS, porque nós precisamos construir um estado mais fraterno, que combata a desigualdade social, que dê apoio àqueles mais necessitados, que trabalhe para reduzir essa grande falta de moradias que existe em nosso estado. Mais de 45 mil famílias necessitando da sua habitação. E por fim, quero ser o governador do MS, que vai combater a corrupção na coisa pública, porque, lamentavelmente, a corrupção na política e no MS saiu das páginas políticas e foi para as páginas policiais. Ninguém suporta mais ver tanto desvio de dinheiro público, enquanto faltam recursos para atender a população do nosso estado. Quero ser o governador que cuida das minorias, que respeite todos aqueles que vivem em situação de risco e que ajude a construir um estado fraterno, com muito mais justiça social.
- Como você enxerga a situação atual do Estado? O que precisa ser melhorado?
- Existe uma insatisfação muito grande na cobrança dos impostos e com a qualidade dos serviços públicos que são prestados para todos nós. Isso é uma das situações que precisam ser melhoradas.
- Nos últimas gestões, servidores e chefes de departamentos ligados ao governo estiveram envolvidos em escândalos de corrupção. O que precisa ser feito para que essa prática seja abolida dentro do sistema público?
- Precisamos fazer um combate muito forte contra a corrupção com transparência, mas quando disso isso não me refiro apenas ao que é disponibilizado no Portal da Transparência, que parece dispor de uma clareza de informações muito grande, mas não. Nós temos uma dificuldade imensa de encontrar os dados no portal. Precisamos radicalizar nas informações que são prestadas para as pessoas e hoje isso é possível com a tecnologia da informática, inclusive disponibilizar vários aplicativos que possam facilitar o cidadão contribuinte a ter acesso às informações.
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- Como aumentar o investimento em saúde e educação?
- De uma maneira geral eu gostaria de dizer que não só a saúde e educação, mas todos os serviços públicos hoje se nós fizermos uma reforma administrativa que valorize o uso da tecnologia na administração pública, nós temos condições de eliminar uma série de procedimentos que são desnecessários, que consomem pessoas, que consomem recursos e, com isso, nós temos condições de otimizar os serviços públicos. É o que a gente faz normalmente na nossa empresa, na iniciativa privada, quando diminuímos os recursos o que nós fazemos? Nós enxugamos custos e como isso pode ser feito? Investindo em tecnologia e equipamentos que façam serviços que precisariam de mais pessoas para fazer. E acho que se nós corrermos atrás de aumentar a eficiência, eu tenho certeza que é possível aumentar a eficiência no serviço público em mais de 30% e com isso ter uma redução muito significativa de custo e é isso que eu quero fazer no Governo do Estado.
- Mato Grosso do Sul é referência em produção Agropecuária. De que forma o governo pode ajudar mais os setores produtivo, industrial, empresarial e comercial?
- O governo primeiro tem que dar uma atenção para a agricultura familiar e pode fazer isso fortalecendo o Agraer, os setores do Estado que estão em contatos com o pequeno produtor. Também é importante reutilizar os recursos do Fundersul, sendo que uma parcela importante está sendo utilizada em recapeamento de vias da cidade, não foi para isso que o Fundersul foi criado, mas sim para cobrar essa taxa e esse recurso ser aplicado na melhoria das estradas vicinais, na reforma de pontes, dando suporte para que o nosso agronegócio pudesse ficar cada vez mais forte. O estado pode também investir em parcerias com a iniciativa privada e com as universidades na criação de um grande polo de tecnologia de informática em MS, para que a gente também produza aplicativos, sistemas de inteligência, de informática que possam ser utilizados na agroindústria, no agronegócio, no setor comercial. Veja que hoje a venda pela internet é significativa e nós de MS não estamos vendendo pela internet para fora de MS, o que nós estamos fazendo é perdendo venda aqui, o indivíduo entra no site e compra um produto direto de SP. Como é que vamos enfrentar esse problema? Primeiro desenvolvendo tecnologias para poder colocar o fabricante, o c
omerciante daqui em condição de vender para fora e isso nós temos que fazer a partir do fortalecimento de um polo de tecnologia de informática que produza aplicativos e serviços dessa natureza para vender para fora do nosso estado.
- Caso um candidato da oposição vença o pleito para a Presidência da República, como seria a relação com o Estado?
- Passada as eleições, todos os eleitos precisam pensar em termos de república. Quem venceu as eleições, venceu porque teve apoio popular, se eu vencer a eleição de governo, estou trabalhando para isso e com certeza vencerei, eu vou tratar com a assembleia legislativa respeitando o voto de quem elegeu os deputados, não posso chegar na assembleia e imaginar que aquelas pessoas que foram eleitas não têm legitimidade, elas foram eleitas. É preciso fazer a política com P maiúsculo, não a politicagem, mas a política com P maiúsculo que é a arte de governar, conversar com as forças políticas que foram eleitas, construir consensos, ser protagonistas, trazer as pessoas para a mesa, é esse exercício que eu farei como governador do estado. Vou dedicar uma parcela muito grande do meu tempo conversando com todos os segmentos da sociedade, buscando consensos e fortalecendo um novo momento para MS. Em relação ao presidente da república, independentemente do partido que for, estarei em Brasília seguidamente e estarei também me articulando com os governadores dos outros estados do Brasil, para que a gente construa um movimento para fortalecer um novo pacto federativo, inclusive aonde o recurso produzido gerado nos municípios e estado fique majoritariamente no município e no estado. Precisamos fazer isso pelo Brasil, essa equação de arrecadar os impostos dos municípios, dos estados e esse dinheiro ir para Brasília, voltar e nós termos que ir lá com pires na mão está errado. Os governadores precisam articular com os seus prefeitos e com os governadores do Brasil todo, indo pra Brasília exigir que o congresso nacional faça um novo pacto federativo porque essa equação hoje não fecha.
- Por que a escolha de seu candidato à vice? Descreva-o;
- A minha vice é Ana Maria Bernardelli, intelectual, poeta, professora. Uma pessoa que acredita nos ideais do humanismo, militante filiada do partido Rede Sustentabilidade e uma pessoa com muita experiência, que eu quero que seja minha conselheira participativa do dia a dia da administração, me aconselhando de forma que a gente não perca nunca o norte no humanismo e na importância de cuidar das pessoas.
- Qual é o seu diferencial em relação aos outros candidatos?
- Minha candidatura não é apoiada pelos grupos políticos tradicionais que estão aí, muito menos pelos grupos empresariais. É uma candidatura independente, formada e construída a partir da união de três partidos que não concordam com essa política que está aí, queremos uma mudança significativa. Portanto, essa independência é o grande diferencial da minha candidatura e eu acredito firmemente que para ter sucesso, para conseguir mudar tudo isso é preciso que o eleitor Sul-mato-grossense eleja um candidato independente e esse candidato se chama Marcelo Bluma, 43.
A Série de Entrevistas do Jornal Capital News com os candidatos ao Governo do Estado continua nesta quarta-feira (26). O candidato entrevista desta terça será Reinaldo Azambuja (PSDB).