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Justiça Sexta-feira, 30 de Agosto de 2024, 14:15 - A | A

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AGEPEN

Oficinas de costura em presídios de Nova Andradina impulsionam produção e ressocialização

Iniciativas em colaboração com a Agepen transformam o sistema prisional em espaço produtivo

Fernanda Oliveira
Capital News

Duas oficinas de costura em escala industrial foram instaladas no Estabelecimento Penal Masculino de Regime Fechado de Nova Andradina como parte de um convênio entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e empresas locais. Essa iniciativa visa ocupar a mão de obra carcerária, transformando o sistema prisional em um espaço produtivo que contribui para a ressocialização dos internos e beneficia a sociedade. As empresas envolvidas veem essa parceria como uma oportunidade de expandir seus negócios, ao mesmo tempo em que oferecem uma alternativa ao trabalho terceirizado.

A empresa Via Uniformes LTDA, especializada na produção de uniformes profissionais, começou suas atividades no presídio há dois meses após participar do Encontro Regional de Incentivo à Contratação da Mão de Obra Carcerária. Atualmente, 12 internos trabalham na confecção, produzindo uma média diária de 144 uniformes. A empresa também está implantando uma oficina similar no Estabelecimento Penal de Bataguassu, com previsão de ocupar 20 internos. Camila da Silva Felipe, representante da Via Uniformes, destaca a importância do projeto tanto para atender à demanda crescente quanto para promover a inclusão social.Outra empresa envolvida é a D’LaRouse, especializada em moda fitness e com marca própria em plataformas digitais.

Desde maio, a empresa tem uma linha de produção no Estabelecimento Penal de Nova Andradina. Daniele Rouse de Oliveira, proprietária, vê a oficina como uma chance de expandir a produção e aumentar a qualidade do trabalho. Com 10 reeducandos atuando atualmente é a meta de alcançar 30, a D’LaRouse conseguiu quase dobrar sua produção em julho e busca triplicar a produção mensal. Cada interno recebe ¾ do salário mínimo e uma remição de pena para cada três dias trabalhados, com a esperança de que esses empregos sirvam de profissão futura após a liberdade.

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