O Conselho Permanente de Justiça condenou, de forma unânime, quatro policiais militares de Mato Grosso do Sul por envolvimento em atividades criminosas que incluem tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro. A sentença foi proferida após investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO), durante a operação Paraíso Marcado 2.
Condenações e penas
As penas foram estabelecidas de acordo com a gravidade das acusações e variam de cinco a quase 16 anos de prisão em regime fechado:
Um dos policiais foi condenado a 10 anos, 1 mês e 10 dias.
Outro recebeu uma pena de 15 anos e 11 meses.
O terceiro e o quarto policiais foram condenados a 5 anos, 5 meses e 10 dias cada.
Os agentes, que tinham acesso privilegiado a informações e infraestrutura, se envolveram diretamente com líderes do grupo criminoso por meio de mensagens instantâneas. Durante as investigações, o Ministério Público conseguiu o afastamento do sigilo telemático e telefônico, obtendo acesso a conversas que evidenciaram o envolvimento dos acusados.
Consequências adicionais
Além das penas de prisão, todos os policiais foram excluídos da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. A decisão reflete o impacto negativo de suas ações na imagem da corporação e na sociedade. No entanto, os condenados podem apelar da sentença em liberdade, desde que não estejam presos por outros delitos.
Investigações em andamento
Enquanto isso, o processo envolvendo os civis que integravam a organização criminosa continua na comarca de Bonito. As autoridades seguem apurando o alcance da rede criminosa, que atuava em várias frentes e tinha conexões significativas com o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas.