O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta semana o habeas corpus solicitado pela defesa de Rúbia Joice de Oliver Luvisetto, de 22 anos, mantendo a prisão preventiva da jovem. Ela é acusada de envolvimento no assassinato do ex-namorado Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, de 19 anos, ocorrido em 25 de junho de 2023, em Sete Quedas, município localizado a 468 km de Campo Grande.
Na decisão, Fachin destacou que a gravidade do crime justifica a manutenção da prisão. De acordo com os autos, Hugo foi atraído até a casa de Rúbia, baleado, levado ainda com vida até um rancho, onde foi morto com um novo disparo, esquartejado e teve os restos mortais jogados em um rio. O ministro ressaltou que a forma como o homicídio foi executado evidencia a periculosidade dos envolvidos.
O pedido de liberdade já havia sido negado por instâncias inferiores, como o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e o Superior Tribunal de Justiça. A Procuradoria-Geral da República foi acionada para se manifestar sobre o caso. Rúbia está presa preventivamente desde 13 de junho de 2024, e, em novembro, sua defesa solicitou a transferência para um presídio em MS, alegando proximidade com os avós.
As investigações apontam que o crime foi cometido por Rúbia, seu companheiro Danilo Alves Vieira da Silva e o amigo do casal, Cleiton Torres Vobeto. Hugo teria sido atraído por Rúbia, baleado por Danilo e, com ajuda de Cleiton, levado a um sítio onde foi morto com 25 golpes de facão. Cleiton foi o primeiro a ser preso e colaborou com a localização do corpo. Todos os envolvidos, além de dois outros réus, irão a julgamento por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.