O Palácio do Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo em Brasília, completa 65 anos em 21 de abril, data que coincide com o aniversário da capital federal. Projetado por Oscar Niemeyer, o edifício é um marco do modernismo brasileiro e considerado pelo próprio arquiteto como sua obra favorita.
Com suas cúpulas contrastantes — a da Câmara dos Deputados voltada para cima e a do Senado para baixo —, o monumento simboliza a dualidade e o equilíbrio entre as duas casas legislativas. Para Niemeyer, a composição simples e monumental integrava técnica e arquitetura de forma inovadora e poética.
Além da estrutura externa, o interior do Congresso é uma celebração da arte modernista brasileira. Espaços como o Salão Verde, descrito como uma "praça de encontro" por arquitetos e servidores, reúnem obras de nomes como Athos Bulcão, Marianne Peretti, Di Cavalcanti e Ceschiatti, integradas ao ambiente de forma a valorizar o conceito palaciano do edifício.
O mobiliário também reflete esse ideal. Criado entre 1970 e 1971, parte dele foi desenhado por Niemeyer em parceria com sua filha, Ana Maria Niemeyer, e integra os espaços com peças únicas, como os conjuntos Paris e Easy Chair. A escolha das obras e móveis buscava oferecer sofisticação estética sem depender de materiais nobres, priorizando arte e funcionalidade.
Brasília, que em 1987 se tornou a primeira cidade moderna reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, tem no Congresso Nacional um de seus principais símbolos. E neste aniversário de 65 anos, o público poderá conhecer o edifício em visitas especiais, incluindo um roteiro inédito e a abertura da área das cúpulas.
