Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alcançou um marco histórico, somando impressionantes 306 milhões de visualizações em apenas dois dias, um número que supera até mesmo a população estimada do Brasil, de 220 milhões de pessoas. No conteúdo, Nikolas defende os trabalhadores e denuncia uma tentativa do Governo Federal de monitorar e taxar transações realizadas via Pix, o que gerou uma onda de indignação popular.
A polêmica teve início após a Receita Federal editar uma norma que aumentava o monitoramento de transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, incluindo operações feitas via Pix. Apesar da justificativa oficial de combater sonegação e atividades ilícitas, a medida gerou pânico e alimentou boatos de que o Pix seria taxado, causando revolta nas redes sociais.
Nikolas, em seu vídeo, criticou duramente a iniciativa: “Passando para avisar que você, trabalhador brasileiro, pode voltar a usar o Pix sem a lupa do governo. O PT tentou monitorar o seu dinheiro, principalmente o do mais pobre, mas o povo se uniu na rede social e derrubamos a decisão.” Segundo ele, o engajamento popular foi essencial para o recuo do governo.
A reação foi tão intensa que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na última quarta-feira (15) que o Pix continuará isento de taxas para pessoas físicas. “O Pix estará protegido pelo sigilo, como sempre foi. Essa medida provisória reforça que o Pix é gratuito e assegura a igualdade entre pagamentos feitos via Pix e em dinheiro”, declarou Haddad.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, buscando minimizar os impactos das fake news sobre o tema. “O que vimos foi uma tentativa clara de desinformar a população. O Pix é uma ferramenta crucial para o povo brasileiro, e o governo está comprometido em mantê-lo acessível e seguro”, afirmou Lula.
A Medida Provisória anunciada pelo governo não apenas revoga a norma da Receita, mas também proíbe a cobrança diferenciada entre pagamentos feitos em Pix e em dinheiro. Haddad reforçou que a medida visa proteger os mais vulneráveis: “Nosso objetivo é salvaguardar as finanças dos mais pobres, do pequeno comerciante e de quem utiliza o Pix no dia a dia.”
O vídeo de Nikolas Ferreira não apenas mobilizou milhões de brasileiros, mas também colocou em pauta a importância de maior transparência em decisões governamentais. “Nunca subestimei o poder de um vídeo. Estou feliz por ter ajudado 220 milhões de brasileiros a manterem o Pix gratuito”, afirmou o deputado, ressaltando que sua campanha não utilizou recursos públicos.