Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Pedrossian Neto, do PSD, levantou sérias preocupações e fez contundentes apontamentos sobre a condução da concessão da BR-163, atualmente a cargo da empresa CCR.
Para o deputado, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) tem tratado o assunto de forma abusiva. Segundo ele, a concessionária não cumpriu diversos compromissos de investimentos, deixando pendente a conclusão da duplicação da rodovia. Nesse cenário, a responsabilidade de fiscalização e cobrança recairia sobre a ANTT, mas, de acordo com Pedrossian Neto, a agência optou por acordos favoráveis à empresa. “A concessionária conseguiu termo aditivo, extinção de punibilidade”, citou o parlamentar. Segundo ele, caberia até mesmo uma ação judicial em relação ao contrato de concessão.
Divulgação/CCRVias MS

Apesar dos pedágios, CCR Vias MS não duplicou toda a BR-163 no Mato Grosso do Sul
Diante dessa situação alarmante, no retorno das atividades parlamentares nesta terça-feira (1), o parlamentar ressaltou um requerimento proposto pelo deputado Júnior Mochi, endereçado ao presidente da ANTT, Rafael Vitale. O documento contém uma série de perguntas cruciais sobre a concessão da BR-163.
Entre os questionamentos destacados pelo deputado Pedrossian Neto, está a indagação sobre o valor arrecadado em pedágio durante o período de cobrança e os motivos que levaram à inexecução das obras de duplicação.
A situação da concessão da BR-163 tem sido assunto constante na ALEMS em 2023. A falta de cumprimento dos compromissos pela concessionária tem gerado preocupação entre os parlamentares, e a cobrança de respostas da ANTT se mostra essencial para esclarecer o cenário atual da rodovia.