O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a quitar uma multa por propaganda eleitoral antecipada, referente a uma reunião realizada com embaixadores em julho de 2022, no Palácio da Alvorada. O encontro, que gerou repercussão por disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral, também resultou na sua inelegibilidade. A multa, atualizada para R$ 24.552 em dezembro de 2024, precisa ser paga em até cinco dias úteis. “Pelo exposto, intime-se o executado para pagamento, no prazo máximo de cinco dias, do saldo remanescente indicado”, diz a decisão.
O valor já havia sido parcialmente pago por Bolsonaro, mas o restante da penalidade ainda não foi quitado. A ação do TSE reforça a ofensiva da Justiça Eleitoral contra práticas consideradas ilícitas no período pré-campanha. A reunião com os embaixadores foi interpretada como tentativa de influenciar a opinião pública com base em informações falsas sobre as urnas eletrônicas, o que contribuiu para os desdobramentos jurídicos enfrentados por Bolsonaro.
A nova intimação ocorreu durante a internação do ex-presidente no hospital DF Star, em Brasília, onde ele se recupera de uma cirurgia no intestino. Na unidade hospitalar, Bolsonaro também recebeu outra notificação judicial, relacionada ao início de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Segundo boletim médico, Bolsonaro segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta, mas com quadro de saúde estável. O hospital tem mantido discrição quanto à evolução clínica, enquanto a defesa do ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente sobre as notificações.
