A Capital morena já começou a ficar colorida, é justamente no outono e inverno que ocorre uma mudança na paisagem, são as flores dos Ipês que chegam para enfeitar a cidade. Eles estão nas praças, ruas, esquinas e nas versões nas mais variadas cores e chamam a atenção da população.
Eu adoro fotografar a natureza, gosto muito
Como do Fiscal Tributário Estadual e fotógrafo Wilmar Carrilho de 61 anos, pode-se dizer que ele é uma pessoa “apaixonada por ipês”. Ele conta que não pode ver um, que já pegou o celular para fotografar. “Eu adoro fotografar a natureza, gosto muito”.
Nascido em Campo Grande, gosto vem desde a infância, ele foi criado em fazenda e o contato com as plantas e animais era frequente. Por isso, todos os anos ele fotografa as árvores, este mês, na florada do rosa, perdeu as contas de quantos já fotografou. Embora tenha fotografado vários deles, confessa que o amarelo é o que mais gosta.
O Professor Dr Vitor Brito, Agrônomo e Doutor em Ciências Ambientais fala que as espécies de ipês são dependentes de fatores como genética, nutrição do vegetal, a adubação e maturidade fisiológica, a variação sazonal entre outros. Quando a planta atinge a maturidade fisiológica, estes fatores ambientais fazem com que as plantas tenham o start para o florescimento.
Ele fala que os ipês apresentam caducidade, ou seja, as plantas perdem as folhas por questões fisiológicas e em seguida investem os nutrientes e energia para a reprodução, ou seja, a indução floral. Ele também detalhou sobre a sequência do florescimento das diferentes espécies
Segundo o professor, está relacionada ao fator genético e à maturidade fisiológica (gêneros botânicos Tabebuia e Handroanthus). No entanto, de forma geral ocorre na sequência ipê-rosa (final de maio a julho), ipê-amarelo (final de junho a agosto), ipê-roxo (junho e julho) e por fim, o ipê-branco (agosto e setembro). “Esta sequência pode variar de região para região, em função dos fatores citados”, finalizou.
As floradas costumam durar uma semana, em média, e variam conforme a pouca concentração de água na atmosfera. No caso do amarelo, ele pode se estender por até 10 dias e tem duas edições: uma após a do roxo, aproximadamente em julho, e outra em setembro, quando se anuncia a chegada da temporada de chuva.