A região do Pantanal foi atingida por chamas que consumiram mais de 20% de todo o bioma, no ano de 2020. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), esse foi o pior ano da região desde 1998, quando o órgão começou a realizar os monitoramentos. Segundo o Projeto Bichos do Pantanal, cerca de 30% a 35% das espécies de flora e cerca de 20% dos mamíferos foram atingidos.
Para combater os incêndios e tentar salvar a natureza e os animais, diversos órgãos públicos do meio ambiente, universidades, organizações não-governamentais e voluntários se uniram em uma força-tarefa para tentar registrar uma estimativa do número de animais mortos pelas queimadas que destruíram cerca de 2,9 milhões de hectares no Pantanal.
Diante do cenário emergencial, as equipes envolvidas definiram um protocolo padronizado a ser seguido por todas as instituições envolvidas. As coletas serão realizadas enquanto durarem os incêndios e os resultados serão publicados em periódicos científicos, além de também informar o público geral.
O trabalho conta com representantes do projeto Bichos do Pantanal, da ONG Panthera, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), do Instituto Homem Pantaneiro, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre outras instituições. A unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Pantanal tem atuado na elaboração dos protocolos e na análise dos dados coletados. Todos envolvidos na recuperação da região do Pantanal e no salvamento do máximo de espécies possíveis, segundo especialistas, existe a possibilidade de animais que nunca foram catalogados, terem sido instintos após essa queimada ocorrida em 2020.
O cantor Luan Santana realizou um show ao vivo, via internet, diretamente do Rio Paraguai, próximo a região da Serra do Amolar no Pantanal, onde disponibilizou “Qr-Code”, para que fossem feitas doações a serem revertidas as ONGs e instituições envolvidas na recuperação da fauna e flora da região do Pantanal. Na busca de reduzir as chamas que ainda atingem parte da região, assim como levar água e alimento às regiões onde sabem que existem animais em busca de refúgio. Durante a sua live, foram arrecadados cerca de R$ 750 mil reais em doações para a recuperação do Pantanal.
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