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Bem-Estar Domingo, 29 de Setembro de 2019, 12:23 - A | A

Domingo, 29 de Setembro de 2019, 12h:23 - A | A

Coluna Bem-Estar

Body positive: conheça o movimento que prega importância de uma imagem corporal positiva

Por Pérola Cattini

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Movimento mundial sugere maior aceitação à diferenças e naturalização de corpos fora do padrão

Divulgação

ColunaBem-Estar

Juntamente com os movimentos de empoderamento feminino e das pautas identitárias, surge também o Body Positive. Esse movimento, como o próprio nome sugere, do inglês “corpo positivo”, prega uma mudança na maneira em que as pessoas enxergam o próprio corpo. Afinal, depois de muitos anos com um padrão de beleza ditado pela mídia e pelas propagandas, muitas pessoas acabam sofrendo com a não adequação a esses padrões.

Dessa forma, pessoas que se sentem excluídas e de alguma forma prejudicadas por padrões inalcançáveis podem ter mais qualidade de vida ao mudar sua autoimagem, desenvolvendo um relacionamento mais saudável consigo mesmas e com outras pessoas.

Naturalização dos corpos
Segundo especialistas, o movimento body positive não tenta impor novos padrões – mesmo porque isso poderia gerar um novo grupo oprimido. A ideia do movimento, no entanto, é naturalizar aquilo que pertence ao corpo. A celulite, como prega o body positive, passa a ser encarada como algo natural do corpo, sem um valor negativo para a aparência.

Por isso, é importante dosar. A positividade está em não deixar de realizar atividades e ter comportamentos por vergonha de algum aspecto corporal, mas o movimento não pode servir como desculpa para hábitos que poderiam prejudicar a própria saúde. O bem-estar deve estar na mente e no corpo.

Mudar sua autoimagem não significa, por exemplo, que você não poderá mudar aquilo que não te satisfaz. Psicólogos apontam a importância que essas mudanças podem ter na vida das pessoas, principalmente por mostrarem que elas são capazes de cumprir com determinado objetivo, levando uma vida mais saudável e plena.

Imagem dos outros
Ao mudar a autoimagem, também se torna mais simples criar uma imagem positiva de outras pessoas. Afinal, ao romper com os limites e padrões que antes te oprimiam, você se torna mais compreensivo em relação aos demais.

Muitas vezes as pessoas com quem andamos ou dividimos nosso espaço refletem as cobranças que temos conosco. Quando você passa a aceitar características que antes causavam algum sofrimento, isso irá refletir também nesse círculo de amizades e relacionamentos, reforçando também outras maneiras de existência para os corpos.

Redes sociais
Especialistas também alertam para a importância das redes sociais nesse movimento. Segundo eles, quando uma pessoa é bombardeada com fotos e comentários que pressupõem um único modelo corporal aceitável, ele pode se sentir menos satisfeita consigo mesma. Como o brasileiro está entre os maiores usuários das redes sociais, ele está também muito exposto a esses efeitos.

A proposta seria, portanto, dar mais visibilidade em seu dia a dia para pessoas que representem mais diversidade e representatividade.

Movimento também aquece mercado
Com mais pessoas dispostas a assumirem suas características corporais, o mercado também tem mudado para atender a esses consumidores. No caso do vestuário, principalmente, peças que antes ficavam restritas a quem pertencia a um padrão estético, agora aparecem nas vitrines com outras numerações.

O biquini plus size, por exemplo, tem permitido que finalmente mulheres possam se sentir mais confortáveis e dentro da moda ao irem para a praia ou piscina.

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