Intenção é aumentar a performance na esteira da liberação da substância
Os recentes avanços na discussão sobre a utilização da maconha em tratamentos médicos têm ganhado força ao redor do mundo. O CBD, uma abreviação de canabidiol, ainda gera polêmicas e é fruto de estudos, mas sua aceitação é cada vez mais reconhecida entre especialistas e cientistas.
Uma das razões para as atenções estarem novamente voltadas ao CBD é a tentativa da Liga Nacional de Futebol (NFL) dos Estados Unidos, um dos esportes com maior audiência e rentabilidade do mundo, estar em um processo de afrouxamento das regras para instituir uma política medicinal que possibilite a utilização do canabidiol por parte dos atletas. Como a NFL é o esporte mais assistido no mundo, seria vista como pioneira em novas opções de tratamento se permitisse a seus jogadores a opção de usar CBD ou cannabis medicinal como ferramenta de controle da dor.
O tricampeão aposentado do Super Bowl Rob Gronkowski, que fez parceria com a empresa de medicamentos Abacus Health, ligada a produção de CBD, é um dos entusiastas da medida."Não fará um trabalho milagroso, mas acredito que isso ajudará a aliviar a dor de muitos atletas", disse Gronkowski à agência Reuters. "Especialmente no futebol, você sempre recebe danos nos tecidos musculares devido a todos os ataques", completou.
Estudos demonstraram que a maconha é eficaz para reduzir a dor, incluindo dores musculoesqueléticas decorrentes do exercício, bem como rigidez nas articulações. No entanto, uma das preocupações dos especialistas se refere a pouca pesquisa realizada com CBD. Quase todos os experimentos são feitos com THC, que é o princípio ativo mais potente da maconha.
Essa é uma área, portanto, em que as evidências biológicas estão começando, ainda que diversos atletas já tenham relatado experiências positivas ao utilizar o CBD. "Espero que a NFL nos ouça, para entender como o CBD pode atuar em nossas carreira", disse Lofa Tatupu, ex-jogador e aposentado desde 2013.
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