Nelsinho e Massa se encontram e andam de kart
Outra semana cheia está terminando. Com dois GPs seguidos, a corrida de Stock Car em Campo Grande, Felipe Massa voltando a andar de kart, a oficialização de Fernando Alonso na Ferrari e a entrevista de Nelsinho Piquet para o Fantástico deste domingo. É bastante para uma única semana, mas quando chegamos perto do final do ano é sempre assim. Na F1, as equipes vão definindo quem entra e quem sai, e também a Stock Car conhece agora em Campo Grande os dez pilotos finalistas que disputam o título no playoff.
No Japão tem briga direta pelo título, que pode até terminar já, se Jenson Button marcar cinco pontos a mais do que Rubens Barrichello. A pista de Suzuka é boa para o carro da Brawn, se fizer calor; ou para o da Red Bull, se fizer frio. E se chover, como promete a meteorologia, dá uma ótima briga entre dois grandes pilotos em pista molhada – Barrichello e Vettel. Mas não se pode esquecer que a McLaren sempre andou bem em Suzuka e a Ferrari precisa de resultado para se manter na terceira colocação do Mundial de Construtores, seriamente ameaçada pela McLaren, apenas três pontos atrás. Como Toyota e BMW também cresceram neste final de campeonato, a etapa deve ser marcada pelo equilíbrio, o que só ajuda o líder Button.
O inglês só fecha a briga pelo título, por exemplo, se vencer a corrida e Rubens não conseguir mais do que um quarto lugar. Com Button em segundo, Barrichello pode ser até quinto. Com Button em terceiro, Rubens pode ser até sétimo. Com Button em quarto, basta um oitavo para o brasileiro trazer a briga para Interlagos. Lembrando que qualquer empate em pontos dá o título ao inglês pelo número de vitórias, as chances dos três que ainda estão na briga são: 94,9 % para Button, 5% para Barrichello e 0,1% para Vettel. Ou seja, segundo o matemático Oswald de Souza, em vinte situações como esta, o brasileiro seria campeão em uma. Já para o alemão Vettel, a chance é de uma em mil.
Felipe Massa anda feliz da vida com sua volta às pistas de kart, por não ter sentido problema com a trepidação, que no kart é até mais sensível do que em um carro de F1. O kart é ainda um bom teste de percepção e o próximo passo será o simulador da Ferrari em Maranello. Ele não tira da cabeça a idéia – e a Ferrari também - de correr no GP de Abu Dhabi, no dia 1º de novembro. Fico também com a impressão de que seria importante ele fazer uma corrida antes do período de férias da F1. No ano que vem, o tempo de treino de cada piloto na pré-temporada será bem menor. Massa tem um relacionamento normal com o seu novo companheiro Fernando Alonso. Os dois nunca foram amigos, mas se dão bem. Já tiveram bons duelos na pista e uma discussão na ante-sala do pódio de Nürburgring em 2007, quando Massa foi cumprimentar Alonso pela vitória, ouviu reclamação do espanhol e não gostou. Um bom bate-boca que a televisão mostrou ao vivo para o mundo todo.
Depois de dividir a equipe com o heptacampeão Michael Schumacher e com o campeão Kimi Raikkonen, ter agora o bicampeão Alonso como companheiro não assusta. Já em 2005 tinha corrido na Sauber com Jacques Villeneuve, campeão de 97. Alonso fez um ano em equipe pequena, a Minardi, depois passou quatro na Renault e um na McLaren, com ótimos carros, e voltou à Renault há dois anos em fase menos competitiva da equipe francesa. Soma 135 corridas, com 21 vitórias, 18 poles e 53 pódios. Massa tem um ano menos de carreira e passou mais tempo sem carro vencedor (três anos na Sauber). Soma 114 corridas, 11 vitórias, 15 poles e 28 pódios.
