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Cotidiano Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 14:36 - A | A

Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 14h:36 - A | A

Em busca de acordo

Com 45 unidades prisionais paradas, agentes penitenciários vão se reunir com Agepen

Terceiro dia de paralisação dos agentes penitenciários tem a adesão do Presídio Feminino de Corumbá

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Sinsap

agentes penitenciários

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Terceiro dia de paralisação dos agentes penitenciários tem a adesão do Presídio Feminino de Corumbá  e a mobilização da categoria passa a ter 45 unidades prisionais paralisadas, das 47 unidades que fazem a custódia de presos no Estado. Os estabelecimentos estão com suas atividades paralisadas. Nesta quarta-feira (18), membros do sindicato se reúnem com representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública para tentar chegar a um acordo.

“Isso é uma demonstração de união, há muito tempo não vista na Agepen, e estamos mudando o paradigma, fazendo com o que o servidor se mobilize e que lute pelos seus direitos, obrigando o governo a sair de sua zona de conforto. A categoria está sendo referência de força, determinação e união em Mato Grosso do Sul e em outros Estados”, enfatiza o presidente do Sinsap, André Luiz Santigo.


O sindicalista fala ainda da garra dos servidores que estão se mantendo firmes mesmo perante todas as ameaças de corte de hora extra e até de não remuneração salarial. “Os servidores estão mostrando que tem brio e estão lutando com coragem e ousadia, como verdadeiros guerreiros e a Agepen com essa medida tem demonstrado irresponsabilidade, pois a hora extra é necessário para a operacionalização das unidades, sem ela as unidades ficam totalmente vulneráveis pois afeta diretamente o trabalho de custódia e vigilância, aumentando desta forma o caos”, diz santiago.

André ainda falou sobre o pedido que a Agepen protocolou, em virtude da mobilização. “É lastimável que uma entidade que deveria se preocupar com o bem-estar de todos do sistema esteja agindo desta forma, ainda mais quando consideramos que o responsável pela pasta também se trata de um servidor. Lembrando que essa foi uma das principais reivindicações da classe, pois se acreditava que, com um servidor à frente, a categoria seria assistida de forma mais humana, triste engano”, desabafa o representante.

Santiago ressaltou ainda que o pedido de prisão dada pelo Procurador de Autarquia Luiz Rafael de Mello Alves, ultrapassa sua competência. Não cabe às autarquias e fundações o poder de polícia para expedição de mandado de prisão,  uma vez que tal prerrogativa se tornaria abusiva, cabendo somente ao Ministério Público Estadual, após denúncia protocolada e aceita em juízo competente e expedida por este. Do pedido de pagamento de multa e pedido de prisão, não cabem os dois simultaneamente pois, a multa pecuniária, que é mais benéfica neste caso, suprime a ordem de prisão.

O presidente do Sinsap declara ainda que esta mobilização é um grito de socorro diante de um Sistema caótico, com total insegurança. Além da desvalorização profissional os servidores têm sofrido com o descaso da sua própria Segurança. Eles têm sido alvos de constantes ameaças por membros de facção criminosa. No início do ano passado cinco servidores sofreram uma tentativa de envenenamento, em seguida um servidor de Naviraí foi alvejado com cinco tiros, onde ficou com graves sequelas e que hoje precisa de acompanhamento médico rigoroso. E as ameaças não pararam por ai, neste ano foi descoberto uma lista contendo sete nomes de Agentes jurados de morte pelo PCC; recentemente, um servidor de Coxim teve sua residência invadida por bandidos que tentaram contra a sua vida, efetuando dois disparos onde a arma falhou, mesmo assim ele foi encaminhado para o hospital com ferimentos na cabeça e no corpo.

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