A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou desaceleração em março, registrando 0,51%, uma queda significativa em relação aos 1,48% de fevereiro. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice alcançou 5,20%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).
O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, que marcou 0,56% no mês de março. A principal diferença entre os dois índices está no público-alvo: enquanto o INPC apura a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, o IPCA considera os lares com renda de até 40 salários mínimos. A metodologia de cálculo também atribui pesos diferentes aos grupos de produtos, com os alimentos pesando mais no INPC devido ao maior gasto das famílias de menor renda com este item.
No INPC de março, os alimentos foram os principais responsáveis pela alta, subindo 1,08% e impactando em 0,27 ponto percentual do índice total, o que equivale a mais da metade da variação registrada. Outros grupos de preços, como saúde e cuidados pessoais (0,44%), e despesas pessoais (0,70%), também tiveram alta, embora de menor intensidade.
A inflação do INPC tem um impacto direto em muitos brasileiros, pois é utilizada para calcular o reajuste de salários em diversas categorias, incluindo o salário mínimo e benefícios do INSS. O índice também serve para corrigir o poder de compra dos salários, refletindo as variações de preços dos produtos consumidos por famílias com menor rendimento.