Policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (31) e será monitorado por tornozeleira pelo período de seis. Ricardo é acusado de matar o empresário Adriano Correia do Nascimentos, de 33 anos, e ferir outras duas pessoas durante uma briga de trânsito no dia 31 de dezembro de 2016.
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A decisão é do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande que aceitou parcialmente a denúncia do Ministério Público Estadual com relação às acusações de prática dos crimes de homicídio doloso e de tentativa de homicídio por motivo fútil, rejeitando apenas a denúncia que estaria ligada a fraudes processuais.
Com a medida, Ricardo está liberado para retornar às suas atividades como agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), porém desempenhando funções burocráticas internas.
Além disso, o PRF fica proibido deixar o país ou portar arma de fogo até o final do julgamento e deve respeitar os horários da prisão domiciliar – como estar em sua residência das 22h até 6h do dia seguinte, nos dias úteis e a partir das 12h do sábado.
Ricardo havia sido preso em flagrante no momento do assassinato e solto um dia depois de ter matado o empresário. Na ocasião, o juiz José de Andrade Neto afirmou que por não apresentar antecedentes criminais, não havia indícios de que Ricardo fosse atrapalhar nas investigações e libertou o policial. Três dias depois, o Juiz voltou atrás e decretou a prisão preventiva do autor após pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul.
Caso
Assassinato aconteceu na madrugada do dia 31 de dezembro após Adriano e dois amigos saírem de uma balada na Capital. Tudo indica que uma briga de trânsito teria motivado a ação do policial.
Adriano foi atingido por dois tiros, mas ainda conseguiu dirigir por uma quadra até perder a direção do veículo e bater em um poste de iluminação.
Alexander de Leite, amigo do empresário que estava presente no local, afirmou que “a discussão começou na esquina da boate localizada no bairro Amambai, por que o Adriano ao sair com o carro dele arranhou o carro do policial”.
Inquérito
Com 531 páginas, o inquérito encaminhado ao Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul pela Polícia Civil foi resultado de 20 oitivas, de acordo com a delegada responsável pelo caso, Danieela Kades. Durante as oitivas, 15 testemunhas foram ouvidas (entre pessoas que estavam na mesma festa que as vítimas, pessoas que estavam no local da possível discussão e de onde o carro da vítima bateu em um poste de energia após os disparos, além de policiais rodoviários federais e militares).