Justiça de Mato Grosso do Sul dará continuidade as audiências do processo de julgamento do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos, nesta terça-feira (11). Três peritos criminais e dois delegados prestarão depoimentos como testemunhas do juízo.
Ricador é acusado de matar a tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos, após uma briga de trânsito no dia 31 dezembro do ano passado. Ele também responde por tentativa de homicídio de outras duas pessoas que estavam na caminhonete da vítima no dia do crime.
Primeira audiência do caso foi realizada na tarde da última quarta-feira (5), quando seis testemunhas de acusação e as duas vítimas que estavam no carro de Adriano no dia do assassinato, foram ouvidas. O interrogatório do acusado está marcado para amanhã, quarta-feira (12). Testemunhas de defesa também devem ser ouvidas na quarta.
Depoimentos serão colhidos pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. A audiência desta terça deve começar às 15h.
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Caso
Crime aconteceu na madrugada do dia 31 de dezembro após Adriano e dois amigos saírem de uma balada na Capital. Tudo indica que uma briga de trânsito teria motivado a ação do policial, que foi atingido por disparos da arma de fogo do acusado no cruzamento da avenida Erneto Geisel com rua 26 de Agosto.
Adriano foi atingido por dois tiros, mas ainda conseguiu dirigir por uma quadra até perder a direção do veículo e bater em um poste de iluminação.
Ricardo foi preso em flagrante no momento do assassinato e solto um dia depois de ter matado o empresário. Na ocasião, o juiz José de Andrade Neto afirmou que por não apresentar antecedentes criminais, não havia indícios de que Ricardo fosse atrapalhar nas investigações e libertou o policial. Três dias depois, o Juiz voltou atrás e decretou a prisão preventiva do autor após pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul.
Já na terça-feira, 31 de janeiro, o policial teve liberdade provisória concedida e passou a ser monitorado por tornozeleiras eletrônicas. Com a medida, Ricardo foi liberado para retornar às suas atividades como agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), porém desempenhando funções burocráticas internas.