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Política Quinta-feira, 01 de Junho de 2017, 17:12 - A | A

Quinta-feira, 01 de Junho de 2017, 17h:12 - A | A

“Lei Harfouche”

Após confusão por conta da “Lei Haufouche” procurador diz sofrer perseguição religiosa

Sérgio Harfouche disse que perseguição sofrida é forma de desviar o foco do projeto de lei

Cristiano Arruda e Maisse Cunha
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Promotor sergio harfouche ideologia de genero

Sérgio Harfouche disse que perseguição sofrida é forma de desviar o foco do projeto de lei

Após confusão nesta quarta-feira (31), na Asembléia Legislativa, sobre “Lei Harfouche”, o procurador de justiça e criador da lei, Sérgio Harfouche, respondeu aos questionamentos do Capital News e disse estar sofrendo perseguição religiosa por parte do deputado Pedro Kemp, “estou sofrendo perseguição religiosa, isso está sendo usado para desviar o foco, a Lei Harfouche nada tem a ver com religião, o tumulto provocado pelo deputado na Assembléia serviu aos interesses da sua bancada, que adiou a votação”.

 

Sobre a PL 219/2015, Harfouche, disse que ele e nem Kemp, trataram de alteração sobre o projeto, e o que foi proposto por ele foi uma conversa clara sobre o Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e Violência Escolar, mas o que não ocorreu, um exemplo foi o que aconteceu na assembléia nesta quarta-feira (31), “O deputado diverge alegando inconstitucionalidade do ProCEVE e rejeitando a "reparação de danos", afirmou o procurador de justiça.

Nesta quinta-feira (1), parlamentares assinaram na Câmara Municipal de Campo Grande, a proposta de emenda para mudar o nome da “Lei Harfouche”. Rinaldo Modesto (PSDB), Herculano Borges (SD), Beto Pereira (PSDB), Coronel David (PSC), Mara Caseiro (PSDB), Flávio Kayatt (PSDB) e Paulo Siufi, avaliaram que a polêmica gerada em torno da lei tira o foco para o conteúdo e com a mudança o projeto deixaria de ser personalístico e haveria maior atenção à sua essência.

“O Harfouche faz um bom trabalho contra a violência e o uso de drogas em suas palestras, e não podemos deixar que fatos isolados, como esses acontecimentos recentes, prejudiquem a imagem dele”, disse o vereador André Salineiro, referindo-se a uma palestra do procurador sobre evasão escola realizada pelo procurador no dia 25 de maio, no Estádio Douradão, em Dourados, quando ele convocou todos os presentes para uma oração religiosa.

Por fim, o procurador Sérgio Harfouche, disse que o aluno não será punido com a lei, que o mesmo só é punido quando é encaminhado a delegacia, o que não é o caso, “O ProCEVE tem finalidade preventiva, sendo considerado "altamente pedagógico", as boas escolas privadas, tanto pais quanto alunos são obrigados a reparar os danos que causam, o ProCEVE não é só para escolas públicas, e responsabiliza ao invés de punir, pois a PAE (Prática de Ação Educacional) e MAE (Manutenção Ambiental Escolar), aplicados pelos pais, conforme artigo 1634, IX, CC, pedagogicamente aproxima a criança e o adolescente do que a vida exige, antes de atingir a maioridade.”, conclui o procurador.

Nesta quarta- feira (30), a "Lei Harfouche" era pra ser votada na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, mas por conta da confusão que a mesma  causou a votação foi retirada de pauta.

O PL 219/2015, ficou parada por dois anos e prevê penalidades nas escolas estaduais aos alunos em casos de vandalismo e indisciplina.

Vaias e gritos tomaram conta do plenário e o Deputado Pedro Kemp, chegou a ser chamado de “cristofóbico”, por alguém da platéia enquanto se mostrava contra a lei, inclusive dizendo que o PL fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Quando se dirigiu até o público para saber de onde a vaia tinha saído, acabou acontecendo outra confusão e um empurra-empurra. Com isso, o presidente da casa de leis, deputado Junior Mochi (PMDB), suspendeu a sessão.

Victor Chileno/ALMS

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