Seja nas ruas, no centro da cidade e até em bairros, não é preciso ir muito longe para se deparar com a história de Campo Grande materializada em imóveis tombados. Ao todo são 19 e outros quatro em processo de tombamento, patrimônios que contam a trajetória da capital morena e que possuem valor histórico para as gerações passadas, para as atuais e para as que vão vir.
No entanto, assim como não é preciso ir muito longe para se deparar com um patrimônio histórico-cultural tombado, também não é difícil notar que alguns, estão em péssimo estado de conservação. Entre os que estão se deteriorando ha patrimônios tombados ou em processo de tombamentos públicos e privados como, por exemplo, a Residência dos Pedra e Museu José Antônio Pereira.
O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público com o objetivo de preservar, por intermédio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Para a historiadora/professora do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Diretora Executiva e responsável pelo acervo técnico do IHGMS Maria Madalena Dib Mereb Greco o patrimônio histórico é sobretudo a leitura que uma cidade faz da sua história. Através das edificações, tombadas ou não, trazem no seu bojo um fato, um período e uma trajetória da economia, política, lugares de encontros e Identificação da população.
“Cuidar dos espaços históricos não é só uma função dos órgãos públicos, é sobretudo, da população pois ali está a sua história”
Ainda segundo ela, preservá-los é legar para futuras gerações a sua história, sua identidade cultural. “Cuidar dos espaços históricos não é só uma função dos órgãos públicos, é sobretudo, da população pois ali está a sua história”, acrescenta.
A Secretaria de Cultura e Turismo de Campo Grande – Sectur nos enviou a lista de algumas ações recentes realizadas em bens Tombados de Campo Grande:
1) O conjunto Arquitetônico da Igreja de São Benedito, Recebeu o Projeto básico com recursos do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura em 2021. Responsável pelo Projeto: Eduardo Roberto Melo da Silva.
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2) A Morada dos Baís deu início a um restauro em 28 de setembro de 2021, visando readequar o acabamento e pintura externos, aos materiais e sistemas construtivos de sua alvenaria. As obras se estenderam até 11 de fevereiro de 2022. Foi responsável técnica pela obra a arquiteta Tathyane Sangali.
3) A Casa do Artesão encontra-se em Obras de Restauro sob responsabilidade do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Empresa Contratada para a Obra: Studio Sarassá.
4) O Colégio Osvaldo Cruz encontra-se em Obras de Restauro sob responsabilidade da Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande (ABCG) - Proprietária do referido bem cultural.
5) O Obelisco foi restaurado e será entregue à população no dia 10 de agosto durante as festividades do aniversário da cidade.
Abaixo a lista completa de Bens Tombados definido e disponível em Plano Diretor de Campo Grande.
1. Obelisco
2. Museu José Antônio Pereira
3. Morada dos Baís
4. Igreja de São Benedito
5. Sítio histórico da Ferrovia
6. Colégio Oswaldo Cruz
7. Loja Simbólica Maçônica Estrela do Sul N. 3
8. Monumento Simbólico da UFMS
9. Loja Maçônica "Oriente Maracaju"
10. Árvore da Rua da Paz quase esquina com a Rua Rio Grande do Sul
11. Escola Municipal Isauro Bento Nogueira - Sítio Histórico de Anhanduí
12. Árvore da espécie Fícus Microcarpa e os canteiros centrais da avenida Mato Grosso entre a Pedro Celestino e a Calógeras
13. Móvel sede do Rádio Clube
14. Casa do Artesão - Campo Grande
15. Quartel General 9ª RM
16. Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado
17. Residência
18. Canteiro central e as árvores octogenárias da Avenida Afonso Pena
19. Mercado Municipal Antônio Valente.