Condenado por muitos adultos, a efervescência das novas idéias traz grandes tolices e enormes descobertas. Como errar é parte do aprendizado, o resultado deste cálculo são as experiências que deram certo. E, quem é jovem não tem medo de se equivocar e tentar de maneira diferente.
No agronegócio, a vinda dos jovens ao campo, o rompimento das barreiras, somado à busca de conhecimentos técnicos em universidades e em institutos de pesquisa, mudaram o cenário da agropecuária. Temos mais tecnificação e qualidade nos produtos brasileiros. Boa parte dos resultados alcançados tem as mãos e as cabeças desses jovens que foram à universidade e buscaram qualificações que vão além das técnicas agropecuárias.
Agora o investimento está em empreender, em ver que a fazenda não é simplesmente produtiva, mas também bem administrada, rendendo lucros e criando novas oportunidades de negócio para o produtor rural. Exemplo disso, está no programa Empreendedor Rural, que em Mato Grosso do Sul teve participação de quase 200 pessoas em 13 municípios do Estado.
Na sua maioria foram os jovens que dispuseram do seu tempo para levar o conceito de negócio para a fazenda. Nós, produtores rurais, também fomos por muito tempo resistentes em intervir na política, ocupando cadeiras representativas no Legislativo e no Executivo. Esse pré-conceito, de que nada adiantaria, foi quebrado também pelos jovens. Hoje temos deputados estaduais, vereadores, prefeitos ligados ao campo.
Os interesses dos produtores rurais são defendidos, mesmo que ainda por uma minoria e só assim, estamos garantindo vitórias e ganhando a simpatia das bancadas e também da sociedade.
Não que os mais velhos não tenham dado o seu suor e sua contribuição para o agronegócio brasileiro, mas a juventude é sempre mais engajada e ainda tem ânimo para investir em novas descobertas.