O deputado federal pelo União Brasil Chiquinho Brazão, um dos acusados de mandar matar a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), em 2018, será transferido para a penitenciária de Campo Grande. No presídio da Capital Sul-Mato-Grossense também está, segundo apurado pela reportagem da CNN Brasil, o ex-policial militar e delator Ronnie Lessa, o executor de Marielle.
O irmão de Chiquinho, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, deve ser transferido para a penitenciária de Porto Velho (RO). E o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, deve ficar no Complexo da Papuda, no Distrito Federal.
O trio foi preso e é acusado de dar ordens para Lessa executar Marielle. Durante o ato os tiros disparados acabaram por atingir e matar o motorista da vereadora, o Anderson Gomes, em 2018. Os irmãos Brazão e o delegado foram detidos de forma preventiva nesse domingo, 24 durante a Operação Murder Inc. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A família Brazão pertence a um grupo político do Rio de Janeiro. Domingos chegou a ser deputado no Rio e como conselheiro chegou a ficar afastado, em 2017, sob acusação de receber proprina de empresários. Chiquinho, além de ser deputado, é empresário e comerciante. Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado federal pelo Avante e elegeu-se com 25.817 votos.
Já o delegado Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil à época do atentado. Atualmente, desempenha a função de coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição.