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Judiciário Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, 17:12 - A | A

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STF

Debates sobre Marco Temporal avançam em audiência no Supremo Tribunal

Comissão Especial discute aplicação de lei sob mediação de Gilmar Mendes

Vivianne Nunes
Capital News

Acumulando 18 horas de discussões, a Comissão Especial no âmbito da Audiência Declaratória de Constitucionalidade (ADC 87), mediada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, avançou para a fase de debates jurídicos nesta segunda-feira (9), no STF. A pauta central é o cumprimento da Lei 14.701/2023, conhecida como Marco Temporal, que estabelece critérios para a demarcação de terras indígenas.

O advogado da Famasul, Gustavo Passarelli, defendeu a aplicação da nova lei mesmo em processos antigos. "Não se pode desconhecer o artigo 14 da legislação vigente, que determina que os processos não cumpridos devem se adequar aos preceitos da nova lei", ressaltou.

O ministro Gilmar Mendes reafirmou que o espaço de negociação continuará com todos que desejarem participar. “Os trabalhos prosseguirão com quem estiver à mesa, independentemente de serem ou não representativos dos interesses indígenas ou não indígenas", afirmou.

Marcelo Bertoni, presidente da Famasul e da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA, destacou o avanço nos diálogos, considerando os produtores rurais tão vítimas quanto os indígenas nos conflitos agrários. "Estamos avançando, mostrando que as terras foram adquiridas de forma correta, como determina a lei", comentou.

A próxima reunião está agendada para o dia 23 de setembro, com foco em temas relacionados à demarcação de terras e conflitos agrários, trazendo especialistas para contribuir com as discussões.

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